Bras�lia, 07 - O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, minimizou nesta quarta-feira, 7, o imbr�glio envolvendo o ministro do Supremo Tribunal Federal Luis Roberto Barroso e a defesa do presidente Michel Temer. "N�o vejo nenhum mal-entendido. Acho que s�o coisas mais ou menos naturais. Tem das partes manifesta��o sobre as decis�es judiciais, �s vezes nos autos recorrendo e �s vezes uma manifesta��o pol�tica, que � o caso do que os advogados do presidente t�m feito", disse o ministro.
Barroso determinou nesta ter�a-feira, 6, que a Pol�cia Federal investigue "vazamento" de informa��es do inqu�rito que apura irregularidades no decreto dos Portos. No despacho, o ministro afirma que a defesa do presidente Michel Temer teve acesso a n�meros de autua��o de procedimentos "absolutamente sigilosos".
As informa��es estavam em peti��o na qual a defesa pede acesso � decis�o de Barroso que autoriza a quebra de sigilo banc�rio do presidente. O ministro � relator do inqu�rito que investiga irregularidades na edi��o do Decreto dos Portos, assinado por Temer em maio de 2017.
Depois da manifesta��o de Barroso, o Pal�cio do Planalto informou que os n�meros citados nas peti��es, requerendo acesso a procedimentos de eventual quebra de sigilo banc�rio, foram obtidos em consulta ao Di�rio de Justi�a Eletr�nico, dispon�vel no site do Supremo Tribunal Federal.
"Por se tratar de informa��o p�blica, n�o se trata de hip�tese de vazamento de informa��es", disse o Planalto. "A defesa do Presidente Michel Temer apresentar� amanh� (hoje, quarta) o detalhamento desses esclarecimentos formais ao STF", completou.
Ao destacar que as manifesta��es s�o naturais, Padilha disse que a sua vers�o obviamente � a mesma da defesa de Temer. "A minha vers�o naturalmente � a vers�o dos advogados do presidente Michel Temer, que eles dizem que foi o procedimento adotado pela defesa do presidente", disse ao chegar a abertura de evento promovido pelo Banco Mundial, no anexo do Pal�cio do Planalto.
(Carla Ara�jo)