
Boulos se filiou ao PSOL nesta semana e era o nome mais cotado para a disputa do pleito de 2018 pelo partido. Internamente, ele concorria com Pl�nio de Arruda Sampaio Jr, Nildo Ouriques e Hamilton Assis. A indigenista S�nia Guajajara chegou a se inscrever como pr�-candidata, mas posteriormente retirou a inscri��o para compor a chapa de Boulos na posi��o de vice. Entre as alian�as, foi confirmado o PCB.
Logo ap�s o an�ncio, Boulos afirmou que a primeira proposta do partido � convocar um plebiscito para que a popula��o decida se quer revogar ou manter as medidas propostas e implementadas pelo governo do presidente Michel Temer. "Entendemos que o governo Temer � ileg�timo porque n�o foi eleito pela popula��o", disse.
Segundo ele, temas como a explora��o do pr�-sal n�o podem ser definidos por um governo "ileg�timo". "N�o se pode terceirizar decis�es t�o importantes, principalmente por um governo n�o eleito, por isso acreditamos que o povo deve participar dessas decis�es", acrescenta.
Al�m disso, Boulos destacou que quer o MDB na oposi��o e descarta qualquer parceria. "Essa candidatura ser� de combate aos privil�gios e contra a desigualdade. Vamos propor uma reforma tribut�ria justa", enfatizou o pr�-candidato.
A recente trajet�ria do l�der do MTST dentro do PSOL foi carregada de pol�micas, principalmente devido ao apoio declarado pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva em v�deo que foi exibido durante o evento de lan�amento da pr�-candidatura de Boulos, no �ltimo s�bado (3).
Lula chegou a dizer que aceitaria Boulos em seu palanque e "seria a �ltima pessoa do mundo a pedir para que Boulos n�o seja candidato", fala que desagradou psolistas, dentre eles o concorrente Pl�nio Jr. que teceu cr�ticas abertamente ao fato. O economista Nildo Ouriques tamb�m esteve entre os cr�ticos do atual candidato.
Sobre estas quest�es, Boulos disse que entendeu as falas de Lula como "for�a de express�o, pois nunca se viu, em primeiro turno, dois candidatos oponentes no mesmo palanque". J� em um segundo turno, Boulos confirmou que aceitaria o apoio do petista.
Quanto �s cr�ticas que surgiram dentro do partido, o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, garantiu que as discuss�es foram encerradas e "outras unidades" tiveram o direito de se manifestar na confer�ncia de hoje. Com a aprova��o do nome de Boulos, "o PSOL marcha unido a partir de segunda-feira em defesa dessa chapa", afirmou Medeiros.
A vice, Sonia Guajajara, ressaltou que se trata de um epis�dio in�dito a constru��o de uma chapa presidenci�vel com um membro de origem ind�gena, algo que se torna mais relevante no momento atual, em que a diversidade est� em discuss�o. Em sua fala, ela defendeu a expans�o do empoderamento ind�gena, feminino e da diversidade racial.
(Nayara Figueiredo)