
As mudan�as que ocorrem nesses 30 dias n�o alteram o montante que cada partido receber� do fundo partid�rio. Parte dos recursos � liberada conforme o tamanho da bancada eleita no �ltimo pleito, em 2014, e outra parte � definida de acordo com a composi��o de cada partido no Congresso em agosto do ano passado. O troca-troca durante esta janela tamb�m n�o altera o tempo de TV que cada partido ter� na campanha eleitoral, uma vez que a defini��o para o hor�rio eleitoral leva em conta o tamanho da bancada eleita (90%) e os 10% restantes s�o divididos igualmente entre os candidatos.
Mesmo assim, o interesse em formar coliga��es com deputados puxadores de voto e grandes bancadas na C�mara dos Deputados faz com que os partidos busquem convencer parlamentares a migrar de legendas. Alguns partidos chegam a oferecer at� R$ 2,5 milh�es – o teto do gasto de campanha para uma cadeira na C�mara – para bancar suas campanhas, al�m de prometer tamb�m tempo de TV para suas propagandas. No ano passado, durante a janela partid�ria, cerca de 70 deputados mudaram de partido, e o n�mero pode aumentar at� o in�cio do m�s que vem.
Reclama��o
O deputado Marcelo �lvaro Ant�nio foi o primeiro mineiro a usar a janela partid�ria ao deixar nesta semana o PR e se filiar ao PSL. “Resolvi mudar porque votei contra o PR em praticamente todas as pautas. O partido � da base do governo e eu estava sem ambiente. Como tenho rela��o pr�xima com o deputado Jair Bolsonaro, escolhi o PSL”, diz o parlamentar, que assume a presid�ncia do PSL estadual e vai comandar a campanha de Bolsonaro (PSL) � Presid�ncia da Rep�blica.

Influ�ncia da disputa estadual
A composi��o das chapas para a disputa do governo de Minas tamb�m est� sendo levada em considera��o pelos parlamentares que avaliam trocar de partido. O deputado Rodrigo Pacheco, atualmente no MDB e cotejado pelo DEM, j� � considerado ex-correligion�rio por emedebistas. Parte do partido quer manter a alian�a com o PT e com o governador Fernando Pimentel, enquanto parlamentares ligados ao grupo de Pacheco querem romper com o PT.
“Sou pr�-candidato ao governo de Minas e sou contra a alian�a com o PT. H� uma tend�ncia em mudar de partido, mas isso se definir� at� 7 de abril. O convite do DEM se deu pela oposi��o ao PT e pelo encontro em pautas nacionais, como o enxugamento da m�quina p�blica e a busca pelo crescimento a partir da gera��o de empregos e do desenvolvimento econ�mico. S�o diretrizes que me agradam”, avalia Pacheco.
O deputado Rodrigo de Castro (PSDB) � outro na bancada mineira que aguarda defini��o das chapas para a disputa estadual para decidir se vai mudar ou n�o de partido at� o in�cio do m�s que vem. “Tenho escutado outros partidos, mas a prefer�ncia � de ficar no PSDB. Isso depender� do caminho que nosso grupo vai tomar na negocia��o sobre a elei��o estadual. N�o abro m�o do meu campo pol�tico, em que sempre fiquei. Entendo que o PSDB deveria ter candidatura pr�pria ou fazer uma alian�a com outro partido pr�ximo ao nosso grupo pol�tico, nesse caso o nome pode at� n�o ser do PSDB”, diz Castro.
Na Assembleia Legislativa, a movimenta��o dos deputados � intensa em busca de coliga��es que podem garantir mais votos em outubro. Al�m de Piccinini e Ribeiro, que anunciaram a filia��o ao Podemos, outros 16 parlamentares estudam mudar de legenda. O deputado Leo Portela deve deixar o PRB e voltar� para o PR, seguindo os passos de seu pai na C�mara – o deputado Lincoln Portela tamb�m deve voltar para o PR. Entre os tucanos – terceira maior bancada, com oito deputados – alguns parlamentares estudam deixar o partido, mas aguardam defini��es na forma��o das chapas e das coliga��es para a elei��o.