O promotor Marcelo Milani moveu a��o civil p�blica contra o presidente da Companhia Metropolitana de Habita��o de S�o Paulo (Cohab), Edson Aparecido (PSDB). Ele pede a perda de cargo, al�m de bloqueio de bens e d� � causa valor de R$ 10 milh�es. Aparecido foi homem forte do governo Alckmin. Ele ocupou a chefia da Casa Civil do Pal�cio dos Bandeirantes.
As informa��es foram divulgadas pelo rep�rter Walace Lara, da Rede Globo, e confirmadas pelo jornal
O Estado de S. Paulo
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A a��o investiga se Aparecido teria enriquecido de maneira il�cita envolvendo transa��o de um apartamento.
"Essa discrep�ncia de valores (de compra e de mercado) j� se mostra suspeita o suficiente para colocar em d�vida a licitude do neg�cio: evidente que o demandado Edson Aparecido dos Santos suportou il�cito enriquecimento ao adquirir o apartamento por valor inferior ao real", anotou o promotor.
Edson Aparecido dos Santos comprou o im�vel pelo valor de R$ 620 mil. No entanto, segundo Milani, "valor venal do im�vel declarado naquela mesma escritura p�blica foi de R$ 744.344,00, com valor venal de refer�ncia de R$ 1.314.260,10".
"Naquela mesma escritura consta que, antes da aliena��o ao demandado Edson Aparecido dos Santos, a Plafond Empreendimentos Imobili�rios, e a Namour Incormpora��o, em 05/12/2011, por for�a de instrumento particular de compromisso de compra e venda n�o levado a registro, comprometeram-se a vender, como de fato venderam, o mesmo im�vel supracitado pelo valor de R$ 1.075.000,00", narra.
Milani ainda diz que "no ano de 2001, portanto, o im�vel foi adquirido por Luiz Albert Kamilos e Sarah Maria Giffalli de Moura pelo valor de R$ 1 milh�o, j� abaixo do valor venal de refer�ncia". "Em 2007, seis anos depois, Edson Aparecido dos Santos adquiriu o mesmo im�vel pelo valor de R$ 620 mil".
"Noutras palavras, mesmo considerada a valoriza��o anual do im�vel desde 2011 e levando-se em conta o not�rio boom imobili�rio ocorrido na cidade de S�o Paulo, SP, no per�odo, Edson Aparecido dos Santos adquiriu o apartamento por aproximadamente 40% a menos do valor de aquisi��o de 2001 e que fora declarado na escritura p�blica de 2007", acusa.
Defesa
Por meio da Assessoria de Imprensa da Cohab, o diretor-presidente da Companhia, Edson Aparecido, declarou que � inocente.
"Edson Aparecido ainda n�o foi informado, n�o tomou conhecimento oficial da a��o, mas reafirma sua inoc�ncia em rela��o ao que � objeto da investiga��o."
(Luiz Vassallo)