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Estado de Minas

Ap�s prometer cumprir mandato, Doria oficializa inten��o de concorrer ao governo

D�ria anunciou nessa segunda-feira (12) que deixar� a Prefeitura de S�o Paulo no m�s que vem


postado em 13/03/2018 07:48 / atualizado em 13/03/2018 08:29

Prefeito de São Paulo, João Doria(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Prefeito de S�o Paulo, Jo�o Doria (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

S�o Paulo - Um ano e dois meses ap�s assumir o comando da maior cidade do Pa�s, ancorado por um discurso de gestor e n�o pol�tico que lhe garantiu uma vit�ria in�dita no primeiro turno, o prefeito de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), confirmou nesta segunda-feira, 12, que pretende renunciar ao cargo no m�s que vem para disputar o governo do Estado. Mesmo tendo prometido diversas vezes cumprir seu mandato de quatro anos, o tucano formalizou a pr�-candidatura ao Pal�cio dos Bandeirantes em um ato pol�tico na capital.

O prefeito vai participar, no pr�ximo domingo, da pr�via para definir o candidato da legenda. Al�m de Doria, est�o na disputa o suplente de senador Jos� An�bal, o cientista pol�tico Luiz Felipe d'�vila e o secret�rio estadual de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro.

A decis�o de Doria foi anunciada em um evento organizado para dar um car�ter de aclama��o da milit�ncia. A inscri��o do tucano nas pr�vias foi feita com 1.791 assinaturas de delegados do PSDB no Estado.

O discurso do prefeito foi formatado para rebater as cr�ticas de que ele poder� deixar precocemente o cargo. Ele se disse "sensibilizado" e atribuiu o movimento � "milit�ncia do PSDB". "N�o pedi a ningu�m, n�o convidei e n�o reivindiquei. Mas estou aqui", afirmou.

Se vencer a disputa interna, Doria ser� o segundo tucano eleito prefeito de S�o Paulo a deixar o mandato para concorrer ao Pal�cio dos Bandeirantes. Em 2006, Jos� Serra fez esse caminho e foi eleito governador (mais informa��es nesta p�gina). Na �poca, por�m, Serra n�o teve o nome submetido a uma pr�via e gozava de uma taxa de aprova��o superior � de Doria - 42% ante atuais 29%.

Quando questionado por aliados se repetir� Serra, Doria foge da compara��o com o argumento de que n�o entregar� o governo a outro partido. O vice-prefeito Bruno Covas - neto do ex-prefeito e ex-governador de S�o Paulo Mario Covas - � visto hoje como "fiador" e principal articulador da pr�-campanha de Doria no PSDB.

"Nossa gest�o sempre foi coletiva, n�o individual. � a soma de trabalho do Bruno Covas e Jo�o Doria", disse o prefeito.

Ap�s um discurso exaltado para a plateia que lotou o diret�rio, Doria foi questionado por jornalistas se seu projeto tem aval do governador Geraldo Alckmin. "N�o � preciso aval do governador. � preciso aval do PSDB. O governador respeita a decis�o partid�ria", afirmou.

Aliados do prefeito devem pedir a Alckmin que tente convencer os outros pr�-candidatos a desistir da disputa, como forma de pacificar a legenda. O governador, no entanto, tem resistido � ideia para n�o interferir na disputa interna do partido.

Alckmin


A entrada de Doria, por�m, deve "nacionalizar" a disputa tucana em S�o Paulo. Depois de passar boa parte de seu primeiro ano de mandato tentando se colocar como op��o ao Planalto, deixando o comando da cidade para viajar pelo Pa�s, Doria agora quer provar que sua candidatura pode agregar apoios a Alckmin.

O prefeito articula uma chapa com o PSD na vice e tenta atrair DEM e MDB. Mas, at� agora, apenas a alian�a com o PSD est� fechada - o ministro e ex-prefeito Gilberto Kassab poder� ser o candidato a vice. Paulo Skaf (MDB) diz que n�o vai abrir m�o de disputar o Bandeirantes. O DEM tamb�m pleiteia a candidatura a vice. "Fechamos um acordo nacional e em S�o Paulo com o PSD", disse Doria.

O tucano tamb�m minimizou a possibilidade de a base de Alckmin ter dois palanques em S�o Paulo. Um do PSDB e outro do vice-governador, M�rcio Fran�a (PSB). "Palanque duplo j� foi feito em outras campanhas. N�o h� problema nenhum. Tenho respeito por ele (Fran�a). Teremos uma disputa elevada e construtiva. O grande advers�rio de S�o Paulo � o PT. Tenho falado com ele (Fran�a). Nossos canais est�o abertos."

O ato teve a presen�a de secret�rios municipais, vereadores, deputados federais e estaduais. Aliados e militantes vestiam camisetas com a inscri��o "D�ria governador", grafada equivocadamente com o acento agudo. /

Serra


Doze anos depois, a cidade de S�o Paulo v� novamente a possibilidade de o prefeito deixar o cargo para al�ar voos mais ambiciosos. Em 2006, o tucano Jos� Serra saiu da Prefeitura no meio do mandato para se candidatar ao governo de S�o Paulo.

Eleito prefeito em 2004 ap�s derrotar Marta Suplicy, Serra foi criticado por usar a Prefeitura como "trampolim", o que ele negou. No entanto, ap�s cumprir pouco mais de um quarto do mandato, entregou o cargo.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo de 2 de abril de 2006, Serra citou Tancredo Neves, que deixou o governo de Minas para disputar a Presid�ncia, e Franklin Roosevelt, que prometeu �s m�es americanas que seus filhos n�o seriam mandados para lutar na Segunda Guerra, mas enviou tropas, para se justificar: "Seria absurdo dizer que Tancredo ou Roosevelt faltaram com a verdade. As circunst�ncias mudaram e mudam o destino da pol�tica".


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