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Estado de Minas

Minas pode ter a primeira mulher travesti disputando uma das vagas ao Senado

Candidatura ainda precisa ser referendada nas pr�vias do PSOL, antes de ser oficialmente lan�ada


postado em 13/03/2018 16:42

(foto: Reprodução/Arquivo pessoal )
(foto: Reprodu��o/Arquivo pessoal )

Minas Gerais pode ter a primeira candidata mulher travesti a disputar um cargo majorit�rio. O nome de Duda Salabert (PSOL) foi inscrito nessa segunda-feira para disputar as pr�vias para o Senado no partido. A legenda agora tem que oficializar quem vai disputar uma das duas cadeiras em jogo nas elei��es deste ano.

Duda j� � militante e atuante das causas sociais, professora h� 18 anos, tamb�m � uma das idealizadoras da ONG Transvest, projeto art�stico-pedag�gico que trabalha para combater a transfobia e incluir travestis, transexuais e transg�neros na sociedade.

A �ltima elei��o para a C�mara dos Deputados e o Senado formou o Congresso mais conservador da hist�ria, com o crescimento de bancadas ligadas a movimentos conservadores e com significativo aspecto religioso. Diante disso, Duda considera que sua pr�-candidatura, por si s�, j� representa uma luta pela visibilidade das quest�es LGBT e principalmente da mulher travesti.

“O mais importante � que minha candidatura extrapola a elei��o e uma poss�vel vit�ria. Ela vai trazer um debate historicamente silenciado”, afirma. Segundo ela, que ancora sua campanha em tr�s pilares: educa��o, diversidade e meio ambiente, o debate que sua presen�a traz � disputa pode dar relev�ncia a quest�es ligadas � constru��o pol�tica em torno desses temas.

“Sobre o Senado eu achei importante dizer o que a presen�a de uma mulher travesti representa. Se � uma casa para senhores, como o nome remete, � importante que uma travesti ocupe esse cargo. Tamb�m � uma Casa para senhores, mais velhos, com a fun��o de moralizar a sociedade. Como o corpo travesti � visto como imoral esse momento � de ressignificar”, pontua, ressaltando em a expectativa m�dia de vida de travestis � de at� 35 anos, e que a presen�a dela, com 36 anos, tamb�m � algo que vai contra a “normalidade” da Casa.

Duda ainda chama aten��o para outro aspecto. Segundo ela, mais importante que votar em candidatos ou candidatas LGBTs ou ligados �s causas, � prestar aten��o ao partido pelo qual a pessoa se lan�a na disputa. “N�o basta votar em candidatos LGBT se o partido que essa pessoa faz parte, no Congresso, vai contra as pautas. O debate tem que extrapolar isso e olhar as quest�es partid�rias”, considera.

A pr�-candidata tamb�m ressaltou a necessidade de visibilidade e pol�ticas para o movimento que tem sofrido, cada vez mais, com aumento da viol�ncia. Em 2017, 445 l�sbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTs) foram mortos em crimes motivados por homofobia. O n�mero representa uma v�tima a cada 19 horas.

O dado � de levantamento realizado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), que registrou o maior n�mero de casos de morte relacionados � homofobia desde que o monitoramento anual come�ou a ser elaborado pela entidade, h� 38 anos.
Os dados de 2017 representam um aumento de 30% em rela��o a 2016, quando foram registrados 343 casos.

O estado com maior registro de crimes de �dio contra a popula��o LGBT foi S�o Paulo (59), seguido de Minas Gerais (43), Bahia (35), Cear� (30), Rio de Janeiro (29), Pernambuco (27) e Paran� e Alagoas (23). Entre as regi�es, a maior m�dia foi identificada no Norte (3,23 por milh�o de habitantes), seguido por Centro-Oeste (2,71) e Nordeste (2,58).

Al�m da Duda, ainda disputam as pr�vias pelo PSOL:

Lorene Figueiredo
Luiz Pereira
Jo�o Batista Queiroz
manoel Cirpriano


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