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Estado de Minas

Assassinato de vereadora � desafio para interven��o no Rio

Os apelos s�o por uma resposta r�pida e eficiente ao brutal assassinato, que teve repercuss�o internacional


postado em 16/03/2018 09:18 / atualizado em 16/03/2018 10:04

S�o Paulo, 16 - Dar uma resposta r�pida e eficiente ao brutal assassinato da vereadora Marielle Franco tornou-se o mais imediato desafio da interven��o federal na seguran�a p�blica do Rio. Apresentada como "jogada de mestre" pelo governo federal, a a��o decidida em Bras�lia completa nesta sexta-feira, 16, um m�s sem apresentar resultados expressivos. E, agora, com um crime brutal e de repercuss�o internacional para resolver. A a��o dos criminosos, segundo especialistas, � vista como uma afronta �s autoridades, passando a ideia de que nada pode det�-los.

"H� grande perplexidade em todos n�s, mas talvez esse crime seja o grande divisor de �guas da interven��o", diz o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Rio de Janeiro (OAB-RJ), Felipe Santa Cruz. "Todo assassinato � grave, mas, quando matam uma ativista do tamanho da Marielle, s� h� dois caminhos: ou reafirmamos que vivemos numa democracia plena, em que as institui��es funcionam, ou vamos seguir o caminho de tantos outros pa�ses do continente, com institui��es fragilizadas, e onde militantes s�o executados no meio da rua impunemente."

Pesquisadora da viol�ncia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Alba Zaluar v� o crime como uma tentativa de afronta �s for�as de seguran�a. "Com muita aud�cia, esse assassinato � uma forma de tentar sabotar a interven��o e de chocar a popula��o. O que apavora � a generalidade da vingan�a contra quem n�o fez nenhum mal diretamente reconhec�vel a seus assassinos", afirma. "Escolheram a v�tima para causar impacto. E conseguiram."

A criminalista Ma�ra Fernandes, da Comiss�o da Mulher do Instituto dos Advogados do Brasil e parceira de milit�ncia de Marielle h� quase 20 anos, demonstra ceticismo. "Um crime b�rbaro, contra uma vereadora, no Rio, ap�s ela ter denunciado, s�bado passado, a atua��o da PM na favela de Acari. O que a interven��o vai fazer?", questiona ela, em refer�ncia � publica��o nas redes sociais feita por Marielle. Na internet, a vereadora tamb�m vinha se posicionando contra o uso das For�as Armadas na seguran�a.

Governo


O ministro da Seguran�a P�blica, Raul Jungmann, deu entrevista na noite desta quinta-feira, 15, no Centro Integrado de Comando e Controle do Rio. Perguntado se achava que o crime poderia simbolizar fracasso da interven��o, ele reagiu, mas reconheceu dificuldades. "A interven��o nunca se prop�s a fazer m�gica", declarou. "A interven��o se prop�s a trabalho, trabalho e trabalho. A interven��o, at� aqui, tem procurado fortalecer e reestruturar as pol�cias."

Ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun disse que o epis�dio "� mais uma evid�ncia" de que o governo federal "est� no caminho certo" ao decretar a medida.

Em nota, o interventor federal, general Walter Braga Netto, afirmou repudiar "a��es criminosas como a que culminou na morte da vereadora Marielle Franco e de Anderson Gomes". Ainda segundo a nota, ele acompanha o caso em contato permanente com o secret�rio de Seguran�a, general Richard Nunes.

Nesta quinta-feira, militares repetiram o procedimento das �ltimas semanas: foram � comunidade do Viradouro, em Niter�i, na Grande Rio, que foi cercada e teve desobstru�das vias antes bloqueadas por traficantes. A a��o repetiu o que foi feito v�rias vezes na favela Vila Kennedy, zona oeste carioca, onde os bandidos restabelecem as barreiras ap�s o fim das opera��es.


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