Bras�lia, 20 - Partidos que venceram juntos em 2014 na chapa para governador e vice devem ter candidatos rivais para esses cargos neste ano em pelo nove Estados e no Distrito Federal. O caso mais recente de separa��o � o do Rio Grande do Norte, onde o vice, F�bio Dantas, rompeu no in�cio de mar�o com o governador Robinson Faria (PSD) e se lan�ou pr�-candidato ao governo contra o atual chefe do Executivo, que tentar� a reelei��o.
"O governo perdeu o foco, tem uma rejei��o bastante significativa, n�o fez a gest�o que queria fazer e queria continuar com isso. Como entra num projeto pol�tico com uma inviabilidade dessas?", justificou Dantas ao Estad�o/Broadcast.
A decis�o do vice foi criticada pelo grupo do governador. "O vice que rompe no ano eleitoral, ap�s tr�s anos e dois meses de gest�o, n�o tem nenhuma legitimidade para falar em oposi��o ao governo. Por que n�o rompeu antes?", disse o deputado federal F�bio Faria (PSD-RN), filho do governador. "Sempre divergi dele desde o 1.º dia. Minhas entrevistas eram muito claras", rebateu Dantas, que, para viabilizar a candidatura, at� trocou de sigla: saiu do PCdoB e se filiou ao PSB.
No Distrito Federal, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) tamb�m tentar� a reelei��o sem apoio do vice, Renato Santana. O vice e seu partido, o PSD, romperam em novembro e negociam alian�a com advers�rios do pessebista. Em Roraima, Paulo Quartiero (sem partido) n�o s� rompeu no segundo ano de gest�o com a governadora Suely Campos (PP) como renunciou ao cargo de vice em janeiro. Ele deve tentar uma vaga no Senado em palanque advers�rio ao de Suely.
No Par� e na Para�ba, ainda n�o houve rompimento oficial, mas os vices j� anunciaram pr�-candidaturas. Nos dois casos, os governadores n�o poder�o se reeleger e apoiam outros nomes. Na Para�ba, o governador Ricardo Coutinho (PSB) quer como seu sucessor o atual secret�rio de Infraestrutura, Jo�o Azevedo (PSB). Preterida, a vice, L�gia Feliciano, foi lan�ada como pr�-candidata ao governo pelo PDT para que fa�a palanque para o presidenci�vel da legenda, o ex-ministro Ciro Gomes.
No Par�, o governador Sim�o Jatene (PSDB) declarou apoio � candidatura ao governo do presidente da Assembleia Legislativa, M�rcio Miranda (DEM). Rejeitado, o vice-governador, Zequinha Marinhi (PSC), que deve assumir o comando do Estado em 7 de abril, quer se reeleger.
Em S�o Paulo, o vice-governador, M�rcio Fran�a (PSB) assumir� o comando do Estado em abril, em raz�o da ren�ncia do governador Geraldo Alckmin (PSDB) para disputar o Pal�cio do Planalto. Fran�a vai disputar o governo contra o candidato tucano Jo�o Doria, mas a situa��o pode dar a Alckmin dois palanques em seu Estado em sua campanha ao Planalto.
Na Bahia, Minas, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rond�nia e Santa Catarina, governadores e vices podem acabar disputando em chapas separadas, seja por press�o da dire��o nacional do partido, seja por diverg�ncias pol�ticas.
Mesma chapa
Nos demais Estados, governadores e vices devem disputar as elei��es nas mesmas chapas. No Maranh�o, o vice-governador, Carlos Brand�o, deixou o PSDB, legenda pela qual foi eleito em 2014, e se filiou ao PRB para continuar apoiando o governador Fl�vio Dino (PCdoB), que tentar� reelei��o. Brand�o se desfiliou do PSDB ap�s o partido romper com Dino. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.
(Igor Gadelha)
Publicidade
Governadores e vices viram rivais nas elei��es
Publicidade
