Bras�lia, 20 - O presidente da C�mara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta ter�a-feira, 20, que o governo ter� dificuldade para enviar os R$ 3,1 bilh�es solicitados pelo general Walter Souza Braga Netto para viabilizar a interven��o federal no Rio de Janeiro. Ele disse ter avisado o secret�rio-executivo do Minist�rio da Fazenda, Eduardo Guardia, desde o in�cio da interven��o que o governo teria de encontrar meios para conseguir os recursos para bancar a a��o.
"S�o R$ 3 bilh�es. E a gente pergunta: de onde vir�o os R$ 3 bilh�es para suprir a demanda do interventor? Temos o Or�amento da Uni�o 100% comprometido com despesas obrigat�rias, e ningu�m tem coragem de enfrentar esse tema", afirmou Maia em discurso durante semin�rio sobre seguran�a. "Falei ao Guardia, n�o tenho o n�mero de cabe�a, mas pelo menos R$ 2 bilh�es ser�. Voc� vai ter que preparar um trabalho para que se consiga esse dinheiro", acrescentou.
Pr�-candidato � Presid�ncia da Rep�blica, Maia afirmou que tem defendido duas reformas: uma do Estado brasileiro, com discuss�o sobre a efetividade das despesas e outra sobre seguran�a jur�dica para que o setor privado possa ter tranquilidade para investir e gerar empregos no Pais. "Acredito que precisamos discutir, de fato, o Estado brasileiro, um Estado que atende a poucos, uma burocracia que inviabiliza muitas vezes os investimentos", disse
Maia afirmou que o Brasil vive hoje uma "grande anomalia" entre as leis, sua execu��o e o Estado. "Se olharmos a evolu��o das despesas da Uni�o e dos Estados, vemos hoje que, de fato, h� uma situa��o fiscal de muita dificuldade, e ainda n�o h� por parte importante da sociedade compreens�o clara de que o Estado brasileiro n�o pode e n�o � capaz de tudo", declarou o parlamentar fluminense.
Em seu discurso, o presidente da C�mara tamb�m criticou o aparelhamento pol�tico nas ag�ncias reguladoras do Pa�s. "Pode ter gente muito boa l�, mas isso por sorte. N�o necessariamente isso acontece", afirmou.
Segundo ele, hoje, n�o h� regras claras que exijam das ag�ncias que tenham servidores com "preocupa��o objetiva" com o tema que est�o lidando. "Papel de ag�ncia n�o � papel de governo, � papel de Estado no nosso Pa�s", afirmou.
(Igor Gadelha)