Londres, 24 - As pr�ximas elei��es de outubro s�o as mais importantes para o Pa�s e os brasileiros n�o podem mais errar na hora do voto para n�o empobrecerem. Essa � a avalia��o do cientista pol�tico filiado ao Partido Novo, Christian Lohbauer. Ele fez a afirma��o neste s�bado, 24, durante o debate F�rum Brasil Espanha, na Esade Business School de Barcelona, da qual tamb�m participaram o pr�-candidato Ciro Gomes (PDT) e o ex-ministro do governo Dilma Rousseff e advogado da petista no processo de impeachment, Jos� Eduardo Cardozo (PT).
Lohbauer defendeu a realiza��o de uma "profunda" reforma tribut�ria pelo pr�ximo presidente, mas anteviu que os primeiros seis meses de governo "ser�o dif�ceis". Para ele, o processo brasileiro de desenvolvimento est� falindo e � preciso abandonar o modelo econ�mico trilhado pelo Pa�s por mais de 60 anos, mas que n�o se aplica ao Brasil. "Nossa ambi��o (a do Partido Novo) � construir um bancada no Congresso para iniciar o processo de transforma��o que estamos querendo. A gente quer mudar o mundo e a gente vai mudar o mundo. A sociedade brasileira est� viva", afirmou.
A ideia, de acordo com o cientista, � tentar criar uma bancada que vote de forma un�ssona em referente aos diferentes temas que passarem pelo Parlamento. "� preciso ter uma vota��o �nica. Hoje, � dif�cil encontrar um partido que tenha minimamente uma vota��o coesa", disse, acrescentando que a �nica maneira de transformar o modelo por meio de uma modifica��o "por dentro".
Lohbauer tamb�m dirigiu a palavra aos petistas que criticam o trabalho do presidente Michel Temer. "O presidente era vice da Dilma. As coisas n�o est�o separadas, uma coisa vem da outra", argumentou, sendo rebatido na sequ�ncia por Cardozo. Para o advogado, quando os eleitores escolheram Dilma, votaram em uma ideia de atua��o, esperavam uma coes�o e uma s� linha de administra��o do Pa�s. "Mas o vice-presidente articulou claramente esse golpe. Ingenuidade? Talvez", comentou.
Em rela��o � chegada de novos membros ao cen�rio pol�tico brasileiro em fun��o da decep��o dos eleitores, o cientista disse que prev� uma mudan�a acima da m�dia do quadro no Congresso, de cerca de 60%, em fun��o da "indigna��o geral da na��o". "Mas pode ser pior (a mudan�a). A qualidade da renova��o pol�tica vai ser mais baixa", admitiu. Ele tamb�m se disse contra ao fim da doa��o de recursos por empresas. "Isso � muito ruim. Devia vir de forma transparente", defendeu.
Instigado por um participante do publico a explicar porque qualificou Ciro Gomes como um populista, ao lado de outros nomes, como o de Jair Bolsonaro, em uma entrevista recente, ele contou que quando come�ou a se interessar pelo tema, na adolesc�ncia, o agora pr�-candidato do PDT teria o voto dele para "qualquer coisa". "De l� pra c�, o Ciro mudou. N�o � mais aquele homem que eu imaginava que ele era: seus comportamentos me decepcionaram, se destemperou em algumas situa��es. Temo que se o Brasil for governado pelo Ciro possa ver a infla��o de volta", previu, argumentando que isso poderia ocorrer porque o candidato do PDT tentaria compor com as for�as pol�ticas j� existente.
Lohbauer continuou dizendo que o Ciro seria o expoente da manuten��o de "um Estado que n�o entrega". "O PDT � um partido sem import�ncia", avaliou. Neste momento, Cardozo disse ter diverg�ncias com Gomes, mas afirmou que ele honrou os trabalhos de ministro da Fazenda e deputado, e enfatizou que o PDT tem uma import�ncia hist�rica para o Pa�s. "Como o PT n�o tem nenhuma chance, tem que trazer o apoio do Ciro. � leg�timo", contrap�s o filiado do Novo, sendo novamente rebatido por Cardozo: "O PT vai ter seu candidato e acho que vamos ganhar com Lula. De qualquer forma, acho que o Ciro � um candidato qualificado."
O cientista, que tamb�m teve um embate com o pr�-candidato do PDT em fun��o de discord�ncia de n�meros, afirmou que n�o houve presidente na hist�ria com a maior capacidade de fazer reformas do que o Lula. "N�o fez porque n�o acreditava."
Depois que Cardozo citou mudan�as promovidas durante o governo Lula, Lohbauer afirmou que n�o houve uma reforma, mas um "puxadinho" atr�s do outro. Para ele, a mudan�a � necess�ria n�o por uma quest�o social, mas em fun��o da "matem�tica". Caso o Brasil n�o promova uma reforma, est� fadado a sofrer, de acordo com o cientista, como os gregos sofreram no passado. Ciro Gomes, ent�o, questionou qual seria a proposta firme do Novo para a Previd�ncia. "Voc� tem uma? Porque eu tenho."
(C�lia Froufe, correspondente)
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Brasileiro n�o pode errar nas pr�ximas elei��es, diz Lohbauer
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