S�o Miguel do Oeste (SC), 25 - A caravana do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva foi atacada com pedras e ovos por manifestantes contr�rios ao petista durante a passagem por S�o Miguel do Oeste (SC), na tarde deste domingo, 25. Lula participou de manh� de um ato com agricultores familiares em Nova Erechim (SC). Durante o evento, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, alertou para a presen�a de manifestantes contr�rios ao ex-presidente em S�o Miguel do Oeste.
As pedradas chegaram a trincar os vidros de dois dos tr�s �nibus que integram a caravana, entre eles o ve�culo em que Lula viajava. Cerca de trinta manifestantes fecharam o trevo de acesso � cidade. Quando a caravana parou, os limpadores de para-brisas dos �nibus foram arrancados, diversos ovos atirados contra os vidros dos ve�culos e, depois, as pedras. Um dos ovos atingiu o carro da reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.
"O que aconteceu foi um atentado criminoso. Poderia ter acontecido uma trag�dia. O motorista ficou sem visibilidade", disse o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), l�der do PT na C�mara. Alguns metros adiante, policiais militares acompanharam mas n�o interferiram na manifesta��o.
Os protestos violentos e tentativas de bloquear a passagem da comitiva do petista tem marcado a caravana de Lula pena regi�o Sul, iniciada segunda-feira, em Santana do Livramento (RS). O ex-presidente foi obrigado a alterar o itiner�rio da viagem, fazer viagens de avi�o (a previs�o inicial era de usar apenas �nibus) e impedido de entrar em Passo Fundo (RS).
No s�bado � noite, em Chapec� (SC), houve confronto entre manifestantes anti-Lula e militantes petistas que participavam de um ato na pra�a central da cidade. Integrantes da caravana acusam a participa��o de grupos de extrema-direita apoiadores do deputado Jair Bolsonaro.
Em Florian�polis, Lula ressaltou que os participantes das atividades da caravana s�o "gente da paz" mas disse que eles devem "retribuir" as agress�es sofridas. Em Chapec�, Lula falou em "dar porrada".
"N�s n�o podemos permitir que pessoas sejam espancadas enquanto esperamos que a pol�cia cumpra seu papel. Se a pol�cia n�o pode garantir a seguran�a da caravana, que nos diga", afirmou Pimenta. Segundo ele, uma ideia � agregar outros dois �nibus com militantes � caravana para contrapor �s manifesta��es contr�rias.

(Ricardo Galhardo, enviado especial)