
"O cineasta n�o usa a liberdade art�stica para recriar um epis�dio da hist�ria nacional. Ele mente, distorce e falseia. Isso � mais do que desonestidade intelectual. � pr�prio de um pusil�nime a servi�o de uma vers�o que teme a verdade", acusa a ex-presidente em nota. Ela acrescenta que, ao produzir fic��o sem avisar a opini�o p�blica, a s�rie tenta dissimular, inventa passagens da hist�ria e distorce fatos reais "ao seu bel prazer".
"O diretor inventa fatos. N�o reproduz 'fake news'. Ele pr�prio tornou-se um criador de not�cias falsas", afirma Dilma sobre Padilha, que tamb�m dirigiu "Tropa de Elite", uma das maiores bilheterias do cinema nacional.
Entre as distor��es cometidas na produ��o, Dilma diz que a s�rie atribui ao ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva a frase sobre "estancar a sangria", dita, na realidade, pelo senador Romero Juc�, hoje presidente do MDB, numa conversa gravada pelo ex-presidente da Transpetro S�rgio Machado em que o emedebista sugere um pacto para conter as investiga��es da Lava Jato.
A ex-presidente, diferentemente do que apresenta a s�rie, nega ainda que fosse pr�xima do ex-diretor da Petrobras e delator da Lava Jato, Paulo Roberto da Costa, assim como afirma que o doleiro Alberto Youssef "jamais" participou de sua campanha de reelei��o ou esteve na sede do comit�, como, segundo ela, mostra a s�rie no primeiro cap�tulo.
"Sobre mim, o diretor de cinema usa as mesmas tintas de parte da imprensa brasileira para praticar assassinato de reputa��es, vertendo mentiras na s�rie de TV, algumas que nem mesmo parte da grande m�dia nacional teve coragem de insinuar", afirma Dilma.
(Eduardo Laguna)