S�o Paulo, 28 - Preocupado com a prolifera��o de not�cias falsas na pr�xima campanha, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Fux, informou na noite desta ter�a-feira (27) que vai pedir uma investiga��o de empresas que produzem fake news no Brasil.
Fux tamb�m disse que vai convidar para uma conversa o representante no Brasil da empresa brit�nica Cambridge Analytica, que trabalhou na campanha de 2016 do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. "A not�cia que recebemos � que h� representante da Cambridge Analytica no Brasil, ent�o, vamos querer saber basicamente duas coisas: o que eles est�o vendendo e para quem", disse Fux a jornalistas, depois de participar da sess�o plen�ria do TSE. "� um convite, n�o � uma intima��o, mas j� � uma atua��o preventiva", completou o ministro.
A Cambridge Analytica entrou na mira de autoridades nos Estados Unidos e na Europa, sob a acusa��o de que obteve, de forma il�cita, dados pessoais de milh�es de usu�rios do Facebook, o que teria ajudado na elabora��o de estrat�gias de marketing digital que impulsionaram a campanha de Trump � Casa Branca e o referendo que decidiu pela separa��o do Reino Unido da Uni�o Europeia.
Parceria
Em uma r�pida conversa com rep�rteres, Fux tamb�m disse que o TSE vai atuar em parceria com o Minist�rio P�blico e a Pol�cia Federal no combate � dissemina��o de not�cias falsas nas pr�ximas elei��es.
"Por exemplo, suponhamos que voc� sabe que ali tem um equipamento que vai ser utilizado pra difus�o de fake news. Esse equipamento precisa ser apreendido. O Minist�rio P�blico requer ao TSE a apreens�o, mas quem apreende na pr�tica � a Pol�cia Federal", comentou o ministro.
O presidente do TSE tamb�m vai pedir acesso a estudos elaborados pela USP e pela Funda��o Getulio Vargas, que tratam respectivamente da prolifera��o de not�cias falsas e da utiliza��o de rob�s em campanhas. "O TSE se comprometeu a atuar preventivamente e repressivamente, mas � muito melhor se conseguimos inibir a difus�o das fake news", disse.
"Recebemos informa��o de que h� grupos que est�o, digamos assim, na ponta dessa profus�o de fake news. Vamos instaurar um procedimento, que ser� remetido ao Minist�rio P�blico Eleitoral e o MP vai solicitar o aux�lio da Pol�cia Federal para verificarmos qual tipo de material essas organiza��es t�m � sua disposi��o", explicou Fux, que deixa o comando da Corte Eleitoral no dia 15 de agosto. Fux ser� sucedido na presid�ncia do TSE pela ministra Rosa Weber.
(Rafael Moraes Moura e Teo Cury)