
Curitiba – Um inqu�rito policial foi aberto para investigar o ataque a tiros � caravana do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. A Secretaria de Seguran�a P�blica (SSP) do Paran� informou que duas equipes do Centro de Opera��es Policiais Especiais foram enviadas a Laranjeiras do Sul para investigar o caso. Dois �nibus foram atingidos na ter�a-feira por pelo menos tr�s tiros quando a caravana estava na estrada fazendo o trajeto entre Laranjeiras do Sul e Quedas do Igua�u. Segundo a SSP, o Instituto de Criminal�stica do estado est� finalizando a per�cia nos �nibus. A previs�o � que o laudo fique pronto nos pr�ximos dias. O �rg�o informou que a Pol�cia Militar “refor�ou o policiamento em todos os locais indicados pelos representantes da caravana onde seriam feitas as manifesta��es com a presen�a do ex-presidente”.
A assessoria da caravana de Lula encaminhou of�cio � Secretaria de Seguran�a P�blica no �ltimo dia 14, no qual solicita “ apoio de medidas que possam garantir a seguran�a e a tranquilidade desses eventos”, com o roteiro anexado ao documento. Pelo Twitter, o ex-presidente reclamou de o estado do Paran� n�o ter fornecido escolta policial aos �nibus da caravana. Segundo a Secretaria de Seguran�a P�blica do Paran�, n�o houve solicita��o neste sentido por parte da caravana.
J� o Minist�rio da Seguran�a P�blica informou por meio de sua assessoria que a Pol�cia Rodovi�ria Federal est� fazendo a orienta��o de tr�nsito, mas que a garantia de seguran�a cabe � pol�cia do Paran�. Ontem, o ministro da Seguran�a P�blica, Raul Jungmann, informou em conversa com a imprensa que est� em contato com a Pol�cia Rodovi�ria Federal. “N�o podemos admitir confrontos. Isso � absolutamente antidemocr�tico e � preciso ter respeito. Tem que identificar os respons�veis pois isso n�o, pode se permitir dentro do regime democr�tico”, disse.
O Minist�rio P�blico do Paran� informou que vai apurar os atos de viol�ncia contra a caravana do ex-presidente. A iniciativa foi motivada por uma representa��o do Coletivo Advogados e Advogadas pela Democracia, entidade formada por profissionais do meio jur�dico. O grupo entregou ao procurador Olympio de S� Sotto Maior Neto, coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justi�a de Prote��o aos Direitos Humanos do MP do estado, um relat�rio contendo not�cias de crimes que estariam sendo cometidos contra a caravana. O MP tamb�m vai acompanhar o inqu�rito civil que investiga o ataque.
Caravana encerrada em Curitiba
S�o Paulo – Um ato no Centro de Curitiba, ontem � noite, marcou o encerramento da caravana organizada pelo ex-presidente Luiz In�cio da Silva pela regi�o da Sul do pa�s. Pol�ticos e pr�-candidatos de partidos da esquerda discursaram contra o que chamaram de escalada de viol�ncia no processo eleitoral. Lula entrou no palco acompanhado de crian�as que carregavam rosas vermelhas e duas bandeiras, uma do Brasil e outra vermelha. Ele se referiu a protestos enfrentados pela caravana durante sua passagem por Bag� (RS), atacada por pedras. “Alguns, eu n�o sei quem �. N�o vou avisar se � do (Sergio) Moro, do MBL, usineiros, arrozeiro, porque n�o sei quem �”, disse ele. Enquanto discursava, manifestantes contr�rios ao petista batiam panelas nos pr�dios em volta do palanque.
Em quase 10 dias de trajeto por v�rias cidades do Sul, a comitiva do petista enfrentou diversos protestos: estradas foram fechadas por produtores rurais e carros da comitiva, atingidos por pedras e ovos. O epis�dio mais grave aconteceu na noite de ter�a-feira, quando dois �nibus da caravana foram atingidos por tiros, entre Quedas do Igua�u e Laranjeiras do Sul.

O ato foi marcado por tens�o. Um pequeno grupo de manifestantes contr�rios ao PT se postou a cerca de 100 metros da pra�a onde o petista discursou para a milit�ncia. Os manifestantes levaram local pelo menos 70 caixas de ovos, na inten��o de lan��-los contra o ex-presidente, o que n�o aconteceu.
Para evitar confronto, um cord�o de isolamento foi formado por cavalos da Pol�cia Militar para separar os manifestantes pr� e anti-PT. Em seu discurso, Lula ironizou: “Deixa para gastar gastar roj�o na minha posse. E n�o joga ovo, n�o. Tem tanta gente que n�o tem ovo nem para fazer um omelete”.
Uni�o O ato foi transformado em celebra��o da unidade da esquerda. Al�m de l�deres do PT, participaram do evento representantes do Psol, PCdoB, PSB e at� o senador Roberto Requi�o (MDB). Os presidenci�veis Manuela D’�vila (PCdoB) e Guilherme Boulos (PSOL) prestaram solidariedade a Lula. O presidente nacional do Psol, Juliano Medeiros, afirmou que a data marcou o compromisso da esquerda com sua unidade e defesa da democracia. “Hoje � o dia em que as esquerdas deixam de lado suas diferen�as para reafirmar o compromisso com a democracia”, afirmou ele.