Bolsonaro e aliados de Lula trocam acusa��es durante atos em Curitiba

Curitiba, 29, 29 - O encerramento da caravana organizada pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva por Estados da Regi�o Sul do Pa�s, na noite desta quarta-feira, 29, em Curitiba, foi marcado por troca de acusa��es entre o deputado e presidenci�vel Jair Bolsonaro (PSL-RJ) e aliados do petista, que tamb�m se coloca na disputa ao Pal�cio do Planalto em outubro.

Bolsonaro atribuiu os tiros que atingiram a caravana de Lula anteontem, no interior do Paran�, aos pr�prios petistas. Em rea��o, o ex-presidente, os pr�-candidatos do PSOL, Guilherme Boulos, e do PCdoB, Manuela D��vila, al�m do ex-prefeito Fernando Haddad, falaram em �fascismo� e discursaram contra o que chamaram de escalada de viol�ncia no processo eleitoral.

Acusado por petistas por incentivar os ataques, Bolsonaro negou qualquer responsabilidade e sugeriu que os tiros, na verdade, teriam sido disparados por integrantes da pr�pria comitiva. �Est� na cara que algu�m deles deu os tiros. A per�cia dever� ficar pronta entre hoje (ontem) e amanh� (hoje) e vai apontar a verdade�, disse o deputado no in�cio da noite de ontem em Ponta Grossa.

�Est�o mais para fascistas e nazistas do que para democratas�, afirmou Lula ao comentar os protestos enfrentados pela comitiva petista no Sul - como na passagem por Bag� (RS), onde o grupo foi atacado por pedras. �Alguns (manifestantes) eu n�o sei quem s�o. N�o vou avisar se � do (S�rgio) Moro, do MBL, usineiros, arrozeiros, porque n�o sei quem s�o�, declarou o ex-presidente. Enquanto ele discursava, manifestantes contr�rios ao petista batiam panelas nos pr�dios em volta do palanque.

O presidente do PSOL, Juliano Medeiros, afirmou que o ato de ontem marcou o compromisso da esquerda com sua unidade e defesa da democracia. Em quase dez dias de trajeto pelo Sul, a comitiva de Lula enfrentou diversas manifesta��es - estradas foram fechadas e carros da caravana, atingidos por pedras e ovos.

(Valmar Hupsel Filho, Luana Souza e Ricardo Galhardo)