
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Lu�s Roberto Barroso atendeu, na noite deste s�bado (31/3), o pedido da procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dode, de revogar a pris�o de todos os presos investigados na Opera��o Skala. Dodge enviou no fim da tarde deste s�bado ao Supremo o pedido, com a justificativa de que todas as medidas j� teriam cumprido o objetivo legal.
A pris�o dos 11 detidos, entre eles dois amigos do presidente da Rep�blica Michel Temer (MDB), foi pedida pelo pr�prio Barroso, relator do caso, que investiga poss�veis irregularidades na edi��o do Decreto dos Portos. A pris�o preventiva dos envolvidos terminaria na pr�xima segunda-feira.
Apenas tr�s suspeitos n�o foram detidos, pois estavam no exterior. No entanto, eles se comprometeram a colaborar com as investiga��es.
Na �ltima quinta-feira (29/3) foram cumpridas mandados de busca e apreens�o, autorizadas pelo relator do inqu�rito, Luiz Roberto Barroso. Nos �ltimos dois dias, procuradores que atuam na Secretaria da Fun��o Penal Origin�ria no Supremo Tribunal Federal (STF) acompanharam os depoimentos das pessoas que foram alvo da opera��o.
O inqu�rito dos portos foi instaurado em setembro de 2017, a partir de revela��es e provas colhidas em acordos de colabora��o premiada.
Opera��o Skala
Foram presas temporariamente 13 pessoas, lista que inclui o ex-assessor do presidente Michel Temer, Jos� Yunes; o ex-ministro da Agricultura e ex-presidente da estatal Companhia Docas do Estado de S�o Paulo (Codesp) Wagner Rossi; o presidente do Grupo Rodrimar, Ant�nio Celso Grecco; a empres�ria Celina Torrealba, uma das propriet�rias do Grupo Libra, que tamb�m atua no ramo portu�rio; e o coronel Jo�o Batista Lima, amigo do presidente Michel Temer.Planalto
A Presid�ncia da Rep�blica divulgou nota oficial na noite desta sexta-feira (30/3) para rebater a acusa��o de que o presidente Michel Temer teria agido para beneficiar amigos empres�rios na edi��o do Decreto dos Portos, no ano passado, em investiga��o conduzida pela PGR.“Tal decreto nasceu ap�s cria��o de grupo de trabalho pelo Minist�rio dos Transportes que realizou amplo e p�blico debate, em reuni�es que ocorreram entre setembro de 2016 e maio de 2017", diz a nota. Segundo o governo federal, "autoridades tentam criar narrativas que gerem novas acusa��es" e o decreto editado em 2017 n�o se aplica � empresa Rodrimar S/A, acusada de ter sido beneficiada nas regras de licita��o aprovadas para o setor de portos.