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Estado de Minas

Risco �s elei��es faz uso do Ex�rcito triplicar no pa�s


postado em 01/04/2018 08:18

O aumento das amea�as �s elei��es no Pa�s fez triplicar o uso de tropas federais para a garantia das vota��es e das apura��es nos �ltimos 25 anos. Trata-se de fen�meno fortemente influenciado pela realidade da Regi�o Norte e do Rio de Janeiro. Especialistas e integrantes dos �rg�os de seguran�a veem nos extremismos causados pela polariza��o pol�tica uma nova amea�a que deve se juntar neste ano �s que j� eram enfrentadas pelas for�as estaduais e federais nos per�odos eleitorais.

De 2011 a 2017, as For�as Armadas fizeram 14 opera��es para garantir o processo eleitoral, tr�s delas especificamente para o Rio, envolvendo homens do Ex�rcito e da Marinha - aumento de 40% em rela��o ao total de emprego de tropas federais na d�cada anterior. Desde 1992, foram 29 a��es no Pa�s, 14 delas abrangiam todo territ�rio nacional, segundo dados do Minist�rio da Defesa, do Comando de Opera��es Terrestres (Coter) do Ex�rcito e da Marinha. "A presen�a de tropas federais � importante por seu car�ter dissuas�rio", afirmou o procurador de Justi�a M�rcio S�rgio Christino.

Para ele, a novidade no cen�rio para as elei��es de 2018 ser� a amea�a representada pelos extremismos. "Essa polariza��o � in�dita em nossa hist�ria. E o ex-presidente Lula � um catalisador dessa polariza��o." Na ter�a-feira, dia 27/03, dois �nibus da caravana de Luiz In�cio Lula da Silva foram atingidos por disparos de arma de fogo em Laranjeiras do Sul, no Paran�, ap�s o comboio petista ter sido alvo nos dias anteriores de ovos e pedras lan�ados por manifestantes. A pol�cia investiga a autoria do ataque.

Na Regi�o Sul, onde epis�dios de viol�ncia acompanharam Lula, for�as federais nunca foram at� agora mobilizadas em opera��es espec�ficas para a seguran�a de elei��es. A Regi�o Norte foi a que registrou o maior n�mero de a��es espec�ficas das For�as Armadas (5), seguida pelo Sudeste (4) e Nordeste (3).

Apesar do cen�rio atual, por enquanto n�o h� defini��o - exceto no Rio, sob interven��o na seguran�a - de envio de refor�os espec�ficos de for�as federais aos Estados para as elei��es. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) criou um conselho consultivo sobre internet e elei��es do qual participam os Minist�rios da Defesa e da Seguran�a P�blica. O conselho est� mapeando o impacto de not�cias falsas no pleito deste ano. Para Christino, essas not�cias podem funcionar como combust�vel para extremistas. "O desafio ser� definir o que � incita��o � viol�ncia e o que � exerc�cio da liberdade de express�o."

Em S�o Paulo, o Centro de Intelig�ncia da Pol�cia Militar est� monitorando as redes sociais para prevenir a��es consideradas radicais e garantir a ordem. "Estamos tra�ando os cen�rios para evitar qualquer perturba��o", disse o coronel Nivaldo Restivo, comandante-geral da PM. Segundo ele, outras ag�ncias de seguran�a est�o no mesmo caminho.

Na semana passada, o pr�-candidato do PSOL � Presid�ncia, Guilherme Boulos, encontrou-se com o comando da PM. Na pauta, a discuss�o sobre a seguran�a de protestos. Boulos imputou na semana passada a viol�ncia contra a caravana de Lula aos apoiadores do deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ), pr�-candidato � Presid�ncia. Este p�s em d�vida a veracidade do ataque.

"� preciso evitar que a desordem se estabele�a. Fazer isso agora � mais f�cil e custa menos", afirmou o coronel reformado Jos� Vicente da Silva Filho, que foi secret�rio nacional de Seguran�a P�blica durante o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso (1999-2002). Para ele, � necess�rio que o Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI), da Presid�ncia da Rep�blica, coordene a atua��o das for�as de seguran�a estaduais.

Mil�cia

Jos� Vicente concorda que, al�m das velhas amea�as representadas pelas inimizades pol�ticas locais e organiza��es criminosas - como as mil�cias no Rio -, a polariza��o da pol�tica � o mais novo risco �s elei��es no Pa�s. Ele lembrou que, em 2012, a amea�a das mil�cias no Rio era muito menor do que hoje.

Uma a��o do Ex�rcito em 2012 foi feita para impedir a��es de criminosos no per�odo pr�-eleitoral - 13 partidos tinham ao todo 25 candidatos a vereador vinculados a mil�cias. "Agora temos 2,5 milh�es de pessoas vivendo em �reas onde s� quem a mil�cia quer pode fazer campanha", disse. "A mil�cia � uma amea�a muito mais grave do que o tr�fico", completou Christino. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.

(Marcelo Godoy)


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