S�o Paulo, 06 - Em um discurso de 19 minutos na cerim�nia de transmiss�o do cargo no Pal�cio dos Bandeirantes, o agora ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) fez cr�ticas aos governos petistas sem citar o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, elogiou o sucessor, M�rcio Fran�a (PSB), e defendeu austeridade fiscal, mas responsabilidade social.
"O que aguarda o vencedor desse ano nas elei��es � um governo dif�cil com uma heran�a dur�ssima deixada pelo PT, que apenas come�ou a ser enfrentada pelo governo do atual presidente." Ele citou que o desfio do mundo inteiro, n�o s� do Brasil, � o emprego e a renda. "O que gera muito emprego e renda � a constru��o", exemplificou. Mas tamb�m disse que o Brasil tem um "problem�o", que � falta de infraestrutura. "Brasil tem uma grande oportunidade, pois est� tudo por fazer."
Alckmin falou para uma plateia que reuniu centenas de militantes uniformizados, prefeitos do interior e agentes p�blicos, como o senador Jos� Serra (PSDB-SP), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre Moraes e o chanceler Aloysio Nunes Ferreira.
Em outro momento de sua fala, o pr�-candidato � Presid�ncia do PSDB disse que o Brasil "pode errar novamente". E cometer os "equ�vocos da elei��o passada". Sobre Fran�a, que disputar� a reelei��o no cargo contra Jo�o Doria (PSDB), Alckmin afirmou que S�o Paulo vai estar "em �timas m�os"
Alckmin tamb�m exaltou a situa��o das contas p�blicas em S�o Paulo. "Governamos de maneira austera. Isso n�o � dem�rito, � motivo de orgulho. Aqui as contas est�o em ordem." Mas abordou o tema da corrup��o. "O Brasil cansou da corrup��o e da roubalheira".
Alckmin afirmou que todos t�m direito de defesa, mas que decis�o judicial tem de ser respeitada, ao comentar, sem citar o nome, a situa��o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) que teve um novo pedido de habeas corpus negado pelo Superior Tribunal de Justi�a (STJ) e negociaria condi��es para se entregar � Pol�cia Federal (PF).
Ele afirmou ainda que o Brasil cansou do patrimonialismo e tamb�m comentou a pris�o do ex-diretor da empresa Desenvolvimento Rodovi�rio S.A. (Dersa) Paulo Vieira de Souza, que aconteceu nesta sexta-feira. O ex-governador de S�o Paulo e pr�-candidato a presidente disse que decis�o judicial � para todos e que n�o h� duas moedas, ao falar sobre Souza.
"Investigue-se e fa�a justi�a", disse Alckmin, sobre a pris�o do ex-diretor da Dersa. Ele tamb�m negou que conhecia Souza. "No meu governo, n�o teve nenhum problema", declarou. O ex-governador de S�o Paulo e pr�-candidato garantiu que a Dersa investigou as acusa��es contra Souza e as levou ao Minist�rio P�blico (MP).
Em seu discurso, que encerrou a solenidade de transmiss�o do cargo, M�rcio Fran�a usou a palavra "lealdade" para criticar indiretamente o ex-prefeito Jo�o Doria. "No dicion�rio cravado em nossos cora��es, s� uma palavra precede a lealdade: gratid�o". "Eu serei leal ao seu legado, governador Gerardo Alckmin", disse Fran�a.
Alckmin disse que a passagem de cargo a Fran�a n�o � uma "solenidade de fim" e que "nosso governo n�o terminou".
(Pedro Venceslau)