
S�o Paulo - O PT come�a a enfrentar as primeiras dificuldades pr�ticas em fun��o da pris�o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. O partido procura solu��es para que Lula possa, de Curitiba, onde cumpre pena, avalizar pontos do programa de governo para as elei��es presidenciais que est� sendo elaborado em S�o Paulo.
De acordo com petistas, at� a pr�xima segunda-feira, dia 16, o ex-prefeito de S�o Paulo Fernando Haddad, coordenador do programa de governo, e a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), devem se reunir para tra�ar a estrat�gia de comunica��o das propostas.
Poucas horas antes de se entregar � Pol�cia Federal, no s�bado, 7, Lula reuniu l�deres petistas e de movimentos sociais que estavam na sede do Sindicato dos Metal�rgicos do ABC, em S�o Bernardo do Campo, e comunicou que durante sua aus�ncia Gleisi ser� sua porta-voz para assuntos referentes ao PT. A for�a dada a Gleisi, no entanto, foi insuficiente, j� que o pr�prio Lula quer dar a palavra final sobre as decis�es envolvendo o programa de governo.
Uma sa�da cogitada pelos petistas � incluir a senadora e o ex-prefeito na defesa de Lula. Ambos s�o advogados e assim teriam acesso irrestrito ao ex-presidente sem correr o risco de depender de decis�es judiciais para entrar na carceragem da Pol�cia Federal em Curitiba.
Resolu��o
Na segunda-feira, 9, a executiva nacional do PT aprovou uma resolu��o na qual confirma que Gleisi ser� a porta-voz de Lula e diz que as negocia��es com outros partidos com vistas a alian�as eleitorais ser�o decididas pela dire��o partid�ria.
"Caber� � dire��o nacional do PT fazer as articula��es com outros partidos, que ser�o conduzidas pela presidenta Gleisi Hoffmann, designada por Lula como sua porta-voz pol�tica at� que ele recupere a liberdade", diz a nota.
Petistas interpretaram o trecho como um sinal de que o partido quer excluir Haddad das conversas com outros partidos. O ex-prefeito vinha cumprindo essa fun��o, a pedido de Lula, mas as articula��es esfriaram depois da condena��o do ex-presidente pelo TRF-4, em janeiro.