
Rio - Alegando 'risco � sua integridade f�sica', a defesa do ex-governador Sergio Cabral (MDB), transferido na quarta-feira passada para o pres�dio Bangu 8, vindo de Curitiba por decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu que ele seja levado de volta para a Cadeia P�blica Jos� Frederico Marques, em Benfica, onde estava antes. Cabral foi preso em novembro de 2016, acusado de corrup��o e outros crimes.
A Justi�a do Rio ainda vai decidir onde ele ficar�. A transfer�ncia de Cabral para o Complexo M�dico Penitenci�rio de Pinhais, onde ficou na ala para presos da Lava-Jato, havia sido por conta de regalias encontradas, como sala de TV e comidas especiais, como camar�o e queijos. Ele ficou 83 dias em Curitiba. A Segunda Turma do STF determinou o retorno dele ao Rio na ter�a-feira, atendendo a uma solicita��o da defesa.
"No c�rcere de Bangu, o apenado, decerto, ter� a sua integridade f�sica exposta � retalia��o de detentos milicianos e ex-policiais que ajudou a punir durante o seu mandato, como aconteceu na primeira vez em que esteve internado naquele xadrez", pontua a defesa.
"Ali�s, foi justamente o risco � sua integridade que fez com que a Secretaria de Administra��o Penitenci�ria, � �poca, realocasse o apenado de Bangu para a Cadeia de Benfica, reprise-se, reerguida com exclusivo fim de abrigar detentos da mesma condi��o processual do requerente", continua, apontando que a perman�ncia dele em Bangu � "um contrassenso".
O texto dos advogados argumenta ainda que "se esperava que o apenado fosse devolvido ao pres�dio de origem, no Rio de Janeiro, j� que se cuida de um estabelecimento carcer�rio adredemente preparado - e, por isto, vocacionado - para receber os presos provis�rios oriundos da chamada 'Opera��o Lava-Jato'", diz tamb�m.
Cabral j� foi condenado a mais de 80 anos de pris�o e responde a outros processos. Ao ex-governador � atribu�da a lideran�a de um esquema bilion�rio de corrup��o que vigorou entre 2007 e 2014, per�odo de seus dois mandatos. Os desvios se estenderiam a �reas como obras, transporte, sa�de, entre outras.
Nesta sexta-feira, 13, foi publicada no Di�rio Oficial do Estado nova regulamenta��o para a entrada de alimentos no sistema prisional. S�o itens que podem ser levados por visitantes aos internos. Entre eles, p�o com lingui�a, cachorro-quente e bolo caseiro sem recheio, que podem ser consumidos nas �reas comuns ou nas celas. Est� proibido o ingresso na cela de qualquer item importado. O secret�rio de Administra��o Penitenci�rio, David Anthony Alves, disse que neste caso a medida foi para evitar que esses produtos virem "moedas de troca dentro da unidade prisional".
(Roberta Pennafort)