Bolsonaro critica PGR por den�ncia de racismo em entrevista � Band

S�o Paulo, 22 - Pr�-candidato � Presid�ncia da Rep�blica pelo PSL, o deputado Jair Bolsonaro (RJ) criticou a procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge, em entrevista � TV Bandeirantes. Ao apresentador Jos� Luiz Datena, ele rebateu o conte�do de den�ncia por racismo apresentada contra ele pela PGR e disse que tem "imunidade total" para se expressar.

A procuradora-geral da Rep�blica apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma den�ncia contra o pr�-candidato por racismo praticado contra quilombolas, ind�genas, refugiados, mulheres e LGBTs. De acordo com a den�ncia, em uma palestra no Clube Hebraica do Rio de Janeiro, em abril de 2017, Jair Bolsonaro, em pouco mais de uma hora de discurso, "usou express�es de cunho discriminat�rio, incitando o �dio e atingindo diretamente v�rios grupos sociais".

"Ela (Dodge) acha muito e n�o encontra nada", disse Bolsonaro. "Quanto a quilombolas, eu tenho imunidade total por quaisquer palavras, opini�es e votos. Gostaria que Raquel Dodge nos acompanhasse nesse quilombola em que eu fui em Eldorado Paulista para ver o desperd�cio de recursos, maquin�rios abandonados. Eles n�o fazem absolutamente nada, � uma realidade", afirmou.

Bolsonaro tamb�m criticou a procuradora-geral da Rep�blica por ter entrado com uma a��o no Supremo contra o voto impresso nas pr�ximas elei��es. "Por que ela entrou com a a��o? Ela confia no voto eletr�nico?", questionou. Segundo o parlamentar, com o voto impresso ele "ganharia a elei��o no 1� turno".

No programa de TV exibido neste domingo, Bolsonaro comenta ainda a poss�vel entrada do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa (PSB) na disputa presidencial. Bolsonaro avaliou que tem "posi��es completamente diferentes" das do ex-ministro do Supremo e citou temas como as cotas raciais. O deputado se disse contr�rio a cotas raciais em universidades p�blicas.

Perguntado sobre como combater a corrup��o, Bolsonaro afirmou que, para isso, � necess�rio diminuir o tamanho do Estado e n�o aceitar indica��es pol�ticas para cargos no governo. "As indica��es pol�ticas produzem a inefici�ncia do Estado e levam � corrup��o."

Segundo o deputado, pol�ticos corruptos "querem o fim do foro privilegiado casado com o fim da pris�o ap�s a condena��o em segunda inst�ncia", pois os processos contra eles levariam muito mais tempo para serem conclu�dos, ou seja, somente quando chegarem � �ltima inst�ncia.

Sobre a pris�o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, Bolsonaro disse que "n�o � caso de ficar feliz nem triste, mas tem que confiar na Justi�a".

Bolsonaro criticou ainda a interven��o federal na seguran�a no Rio de Janeiro. O deputado considerou que a a��o foi "uma medida de marketing" do governo do presidente Michel Temer. Ele disse haver falta de "retaguarda jur�dica" para que militares atuem no Estado e classificou que a situa��o do territ�rio fluminense � de guerra. O candidato do PSL considerou que, da forma como est� a legisla��o hoje, no caso de uma morte num confronto, o envolvido teria problemas na Justi�a. "Se estamos em guerra, os dois lados podem atirar", disse.

(Dayanne Sousa)