S�o Paulo, 24 - O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou nesta ter�a-feira, 24, que o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidenci�vel pelo PSB, Joaquim Barbosa, "tem explica��es a dar � Na��o" e que n�o v� em seu hist�rico fatos que sinalizem que ele possa ser um bom candidato � Presid�ncia.
Em entrevista ao Jornal Eldorado, o aliado do presidente Michel Temer disse que o rec�m-filiado ao PSB tem sido pintado como um "salvador da p�tria" pela imprensa, que n�o tem cobrado dele posicionamentos ou explica��es sobre fatos de seu hist�rico.
"(Barbosa) nunca apresentou ou n�o apresenta em seu curr�culo quest�es que nos sinalizam (o que pensa), apesar de ser pessoa que pode ter tr�nsito pol�tico, pode ter modera��o na tomada de decis�es. N�o vejo no hist�rico de Joaquim nada que sinalize ser bom candidato � Rep�blica", disse.
"Ele tem coisas para explicar � na��o, como o porqu� dessa aposentadoria precoce (do STF), completamente intempestiva, e por que ter uma offshore fora do Pa�s para comprar im�vel em Miami. Isso precisa ser explicado e esse momento tem que chegar antes do lan�amento de sua candidatura", emendou.
Marun ainda indicou que Barbosa deveria primeiro concorrer a um cargo Legislativo antes de tentar se al�ar � Presid�ncia. "Quem sabe pudesse ser um bom candidato ao Senado e, num gesto de humildade, pudesse conviver com outros seres humanos e, quem sabe, adquirir capacidade para o supremo comando da Na��o", ironizou.
Alckmin
Sobre a possibilidade de uma alian�a com o PSDB do ex-governador Geraldo Alckmin, Marun disse que essa oportunidade foi "perdida" quando o tucano n�o apoiou Temer em meio �s den�ncias do ex-procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, no ano passado. Por outro lado, isso n�o significa que n�o possa ser recuperada.
"Alckmin perdeu a oportunidade de ter posi��o, isso afastou uma possibilidade que inclusive seria l�gica. Precisa ter posi��o. Quando vier a ter, pode ser inclu�do entre os que podem receber nosso apoio nas pr�ximas elei��es."
Reelei��o
Em uma escala de 0 a 10, as chances do presidente Michel Temer concorrer � reelei��o este ano s�o de 8, opinou Marun. Ele admitiu, por outro lado, que as chances do emedebista vencer o pleito s�o menores, uma vez que os feitos do governo ainda n�o foram reconhecidos pela popula��o.
"Entendo que hoje, a chance de ele concorrer � de oito. (Mas) se voc� me perguntar da chance de ganhar a elei��o, diria que � menor, j� que fomos v�timas da maior persegui��o j� levada contra um presidente da Rep�blica em toda a hist�ria", avaliou Marun, um dos principais defensores de Temer. "Isso criou uma blindagem negativa sobre o presidente que impede que as muitas boas coisas que estamos fazendo sejam reconhecidas pela popula��o."
O ministro avaliou que os feitos do governo o capacitam a ter um candidato nessas elei��es, mas n�o descartou a possibilidade de uma alian�a com outros partidos, contanto que eles "defendam o legado" da atual gest�o. Al�m de Temer, o MDB avalia a possibilidade de lan�ar o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles. Ambos n�o passaram dos 2% de inten��o de voto na �ltima pesquisa Datafolha.
Skaf
Questionado sobre a possibilidade de o MDB abrir m�o de uma candidatura em S�o Paulo para facilitar a composi��o nacional, Marun disse que n�o ter conhecimento disso e que, nas vezes em que conversou com Temer sobre o assunto, o presidente demonstrou "entusiasmo" com o potencial do presidente do Fiesp, Paulo Skaf.
Por outro lado, o ministro disse entender que "elei��o � conversa" e que se trabalha hoje com a necessidade de diminuir pulveriza��o de candidaturas do chamado centro pol�tico. "Isso exige conversas e at� esp�rito de ren�ncia. Se isso n�o acontecer, poderemos ver uma trag�dia que � um segundo turno com candidatos de extremos", afirmou.
Ap�s passarem meses aventando a possibilidade de uma candidatura pr�pria, Temer e seu entorno voltaram a admitir a possibilidade de uma composi��o com o PSDB para a disputa presidencial. A articula��o passaria por um acordo similar em S�o Paulo, em favor do tucano Jo�o Doria. Incomodado com a articula��o, da qual o ex-prefeito tamb�m faz parte, Skaf decidiu antecipar o lan�amento oficial de sua pr�-candidatura para o dia 5 de maio.
(Marcelo Osakabe)