Marun ataca Renan por aus�ncia em encontro de Temer com dirigentes do MDB

Bras�lia, 24, 24 - Com o objetivo de tentar unificar o discurso do MDB, o presidente Michel Temer promoveu na noite desta ter�a-feira, 24, mais uma reuni�o com lideran�as do partido, com a participa��o do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, na qual pediu que seu governo seja defendido. Temer e Meirelles s�o cotados para disputar a Presid�ncia pelo partido.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL), considerado um dissidente na legenda, foi convidado para o encontro, mas n�o compareceu. Por causa da aus�ncia, foi criticado pelo ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun. "Ele falta � reuni�o, a uma reuni�o como esta, mas n�o falta a inaugura��es, n�o falta a solenidades de assinatura de contratos e conv�nios", disse Marun. "Essa hipocrisia � que entristece a gente que faz pol�tica com a verdade, sem hipocrisia e com seriedade."

A reuni�o, realizada no Pal�cio da Alvorada, contou com a participa��o de dirigentes de diret�rios do MDB em S�o Paulo, Piau�, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Acre, Rio Grande do Norte e Roraima. O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, tamb�m compareceu. Dois outros encontros desse tipo dever�o ocorrer nas pr�ximas semanas.

Segundo Marun, Temer quis "sentir o partido" e ouvir os dirigentes regionais da legenda, mas n�o houve discuss�o sobre a candidatura do MDB � Presid�ncia da Rep�blica. O ministro afirmou, no entanto, que todos os presentes defenderam que a legenda lance um nome para o Planalto, j� que a gest�o Temer teria muito a apresentar para o eleitorado. A defini��o sobre a chapa ocorrer� em junho, de acordo com Marun. O principal, segundo ele, � que o candidato do MDB, seja quem for, defenda o "legado do governo Temer".

O ministro ainda deixou uma fresta aberta para uma eventual composi��o com outros partidos. "N�s entendemos que temos condi��o sim de disputarmos, com amplas condi��es de vit�ria, as pr�ximas elei��es. (...) N�o h� �bice a que outro candidato se proponha tamb�m a fazer parte deste projeto. Mas isso ser� avaliado, e no momento certo decidiremos quem ser� nosso candidato", disse.

Articula��es pol�ticas nos Estados tamb�m foram discutidas. Ficou decidido, por exemplo, que o atual vice-governador de Minas Gerais, Ant�nio Andrade, ser� candidato ao governo. Marun disse ainda que o MDB est� bem posicionado nos pleitos em S�o Paulo, com Paulo Skaf, e no Rio Grande do Sul, com o atual governador, Jos� Ivo Sartori. "Vivemos um bom momento, e a cereja no bolo ser� uma candidatura presidencial que defenda o nosso projeto."

Marun voltou a dizer que o governo n�o trabalha com a hip�tese de apresenta��o de uma terceira den�ncia, pela Procuradoria-Geral da Rep�blica, contra Temer. O ministro ainda minimizou os ataques de Renan ao partido. "Isso n�o nos atrapalha. Talvez atrapalhe em Alagoas, mas n�o em n�vel de Brasil", declarou, ironizando que "n�o conhe�o gente que v� votar por recomenda��o do senador".

Para o ministro, os baixos �ndices de popularidade do governo e o fraco desempenho dos dois presidenci�veis do MDB - Temer e Meirelles - nas pesquisas se devem ao fato de que Temer "� v�tima da maior persegui��o j� engendrada contra um presidente da Rep�blica no exerc�cio do mandato da hist�ria do Pa�s, porque estamos h� um ano sendo atacados de forma pusil�nime por setores da m�dia, pelo pr�prio Minist�rio P�blico, e isso tem como efeito a dificuldade para que a popula��o reconhe�a os muitos feitos e realiza��es desse governo". Para Marun, no "momento certo" essa "injusti�a ser� reconhecida, e esse momento, quem sabe, ser� antes da elei��o".

Na reuni�o, foram apresentados relat�rios de realiza��es do governo, para que sejam defendidas no �mbito regional. "Em muitos lugares h� uma apropria��o ind�bita por governadores oposicionistas dos feitos do governo", disse Marun.

(T�nia Monteiro)