Bras�lia, 07 - O juiz federal Marcelo Bretas, respons�vel pelos casos da Opera��o Lava Jato no Rio de Janeiro, disse na segunda-feira, 7, que uma consequ�ncia natural da decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF) de restringir o foro privilegiado para deputados federais e senadores � a classe pol�tica se mobilizar para estender esse entendimento �s outras autoridades.
"N�o vejo nenhum problema em n�o gozar de foro privilegiado. Eu abro m�o sem nenhum problema", disse Bretas, ao participar em Bras�lia do F�rum Democracia Euro-Brasileiro, na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O juiz federal participou de um painel sobre o combate do Judici�rio � corrup��o.
Bretas relembrou que os 11 ministros do STF concordaram com a redu��o do alcance do foro privilegiado, em julgamento conclu�do na semana passada. "Foi uma decis�o un�nime do Supremo. S� podemos prestigiar; eu particularmente aplaudo", comentou Bretas. Indagado pela reportagem se a ofensiva do Congresso Nacional em reduzir o foro para outras autoridades seria uma retalia��o, Bretas respondeu: "N�o sei se seria retalia��o; isso � um movimento. A vontade majorit�ria da popula��o � contra o foro privilegiado."
Investiga��es
Durante o painel, Bretas afirmou que "a sa�da do Brasil vir� pela pol�tica". "Precisamos fazer boas escolhas. H� pessoas que n�o s�o bem-vindas no processo eleitoral", disse o juiz. O juiz federal tamb�m ressaltou que a Opera��o Lava Jato, como forma de atua��o, n�o tem fim. "Hoje, a Justi�a � transparente, a imprensa tem total acesso �s audi�ncias. Ningu�m vai parar a Justi�a", destacou.
"As pessoas conhecem os nomes dos ministros [do Supremo], acompanham os julgamentos. N�s somos servidores do povo, temos de dar satisfa��o, sermos transparentes, o que n�o se confunde com a autopromo��o", pontuou.
(Rafael Moraes Moura)