S�o Paulo, 07 - O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, afirmou que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva chegou a ter a inten��o de comprar o s�tio Santa B�rbara, em Atibaia. Ele ainda disse que parte do acervo presidencial do petista ap�s o t�rmino de seu mandato ficaria no im�vel. Okamotto prestou depoimento ao juiz federal S�rgio Moro nesta segunda-feira, 7, como testemunha de defesa.
Ele foi questionado pela advogada de Fernando Bittar sobre um almo�o em 2015, no Instituto Lula, no qual teria sido discutida a aquisi��o do s�tio.
"Teve um almo�o. Lula, Kalil, Fernando, n�o sei se o F�bio tamb�m. Esse tema tinha sido tratado. O presidente Lula, j� h� algum tempo, achava que tinha que comprar o s�tio como presente para dona Marisa. Ele tinha um pouco de d�vida, mas tinha essa impress�o", afirmou.
Okamotto tamb�m disse que, no final de 2010, o ex-ministro Gilberto Carvalho, afirmou a ele que "teria que providenciar a retirada do acervo presidencial". "Coisa que eu acabei fazendo, levei para a Granero, como muita gente sabe. Fui informado de que uma parte do acervo algumas pe�as seria levada para o s�tio do Fernando".
O presidente do Instituto tamb�m diz ter frequentado o s�tio "algumas vezes" por ter tamb�m um im�vel nas redondezas, sempre na presen�a de Fernando Bittar.
O caso envolvendo o s�tio representa a terceira den�ncia contra Lula no �mbito da Opera��o Lava Jato. Segundo a acusa��o, a Odebrecht, a OAS e tamb�m a empreiteira Schahin, com o pecuarista Jos� Carlos Bumlai, gastaram R$ 1,02 milh�o em obras de melhorias no s�tio em troca de contratos com a Petrobras. A den�ncia inclui ao todo 13 acusados, entre eles executivos da empreiteira e aliados do ex-presidente, at� seu compadre, o advogado Roberto Teixeira.
O im�vel foi comprado no final de 2010, quando Lula deixava a Presid�ncia, e est� registrado em nome de dois s�cios dos filhos do ex-presidente, Fernando Bittar - filho do amigo e ex-prefeito petista de Campinas Jac� Bittar - e Jonas Suassuna. A Lava Jato sustenta que o s�tio � de Lula, que nega.
(Ricardo Brandt, Luiz Vassallo e Fausto Macedo)