PGR pede prorroga��o por 60 dias de inqu�rito sobre Renan, Juc�, Eun�cio e Maia

Bras�lia, 09 - A procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge, pediu a prorroga��o por 60 dias de um inqu�rito que investiga os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Romero Juc� (MDB-RR) e Eun�cio Oliveira (MDB-CE) e os deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) e L�cio Vieira Lima (MDB-BA). O processo foi instaurado com base na dela��o da Odebrecht.

O inqu�rito apura suspeitas de que executivos da Odebrecht negociaram com os parlamentares vantagens indevidas em troca da elabora��o, aprova��o e promulga��o de tr�s medidas provis�rias.

Em sua manifesta��o, Raquel Dodge destaca que o ministro Edson Fachin autorizou � Pol�cia Federal acesso amplo ao sistema de comunica��o ("Drousys") e de contabilidade paralela ("MyWebDay") da empreiteira. No dia 14 de abril, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que Fachin atendeu ao pedido da PF, considerado vital por delegados da corpora��o para o desfecho das investiga��es.

"Tal medida possibilitar� produ��o de informa��es policiais e relat�rios sobre os fatos investigados, podendo-se agregar novos elementos", observou Raquel Dodge, em despacho assinado na �ltima segunda-feira, 7.

A procuradora-geral destacou que ainda h� dilig�ncias pendentes, como a realiza��o do depoimento do executivo Carlos Parente.

Levantamento feito pelo Estad�o nos autos dos 80 inqu�ritos que tramitam atualmente no STF derivados da "lista de Fachin" aponta que, em pelo menos 32 casos, h� manifesta��es formais de ao menos sete delegados que declaram ser indispens�vel uma per�cia t�cnica nos sistemas da Odebrecht para a conclus�o das investiga��es.

Procurada pela reportagem, a Odebrecht reiterou que "est� colaborando com a Justi�a no Brasil e nos pa�ses em que atua".

A empreiteira informou que "assinou acordo de leni�ncia com as autoridades do Brasil, Estados Unidos, Su��a, Rep�blica Dominicana, Equador, Panam� e Guatemala", "implantou um sistema para prevenir, detectar e punir desvios ou crimes" e "adotou modelo de gest�o que valoriza n�o s� a produtividade e a efici�ncia, mas tamb�m a �tica, a integridade e a transpar�ncia".

(Rafael Moraes Moura e Amanda Pupo)