S�o Paulo, 11 - As elei��es presidenciais deste ano no Brasil ser�o contaminadas pelas chamadas "fake news" e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) n�o conseguir� combater a dissemina��o de not�cias falsas no pleito, conforme an�lise de juristas em debate na capital paulista.
Para o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Marcelo Ribeiro, � imposs�vel controlar a dissemina��o de not�cias falsas durante a elei��o. "Acho que � imposs�vel. Desde que o mundo � mundo, as pessoas mentem", afirmou, durante o Encontro de Lideran�as Nacionais, organizado pelo escrit�rio Bonini Guedes na capital paulista. O jurista diz que uso da tecnologia pode minorar o problema, assim como os recursos s�o usadas para dissemina��o de informa��es inver�dicas.
O ministro do TSE Admar Gonzaga afirmou que as "fake news" n�o devem ser o principal problema da elei��o. "N�o me preocupa a quest�o da fake news, eu acho que isso vai acabar se resolvendo com tecnologia", disse. Para ele, o controle ficar� a cargo do cidad�o. "Isso sempre existiu e n�s, cidad�os deste mundo moderno que mal come�ou, nessa nova��o ambi�ncia, vamos ter que nos acostumar a nos defender desse tipo de ataque."
Liberdade de express�o
O controle da Justi�a Eleitoral sobre as fake news pode esbarrar na liberdade de express�o dos cidad�os. "Eu n�o acredito que a liberdade de express�o seja a todo custo que n�s devemos observar sem qualquer exce��o", afirmou Ribeiro. "Deve haver controle estatal, embora esse controle sempre ser� ineficiente. N�o vai conseguir cortar o problema. Vai conseguir minorar, talvez", disse.
O estrategista pol�tico americano Arick Wierson - que trabalhou para o ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg - afirmou que o uso das "fake news" � uma realidade consolidada nas elei��es no Brasil e no mundo todo. "S� vai crescer", apontou.
(Daniel Weterman)
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Justi�a Eleitoral n�o conseguir� combater fake news, dizem juristas
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