Bras�lia, 17 - As den�ncias feitas pelo executivo Joesley Batista, em maio de 2017, que envolveram o presidente Michel Temer, trouxeram preju�zo pol�tico para o governo e tamb�m para a aprova��o da reforma da Previd�ncia. A afirma��o foi feita nesta quinta-feira, 17, pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, em entrevista a jornalistas de ag�ncias internacionais, quando questionado sobre a influ�ncia dessas den�ncias na pol�tica e economia do Pa�s.
"N�o posso ignorar que isso trouxe preju�zo pol�tico para o governo porque, durante algum tempo, tivemos de gastar energia para fazer com que o Congresso Nacional se ocupasse da an�lise e da negativa de autoriza��o para que o presidente n�o fosse processado. O fato n�o existia, isso foi esclarecido e o Congresso n�o recebeu a den�ncia", afirmou.
Padilha reconheceu que, mesmo com a recusa da den�ncia por parte da C�mara, o epis�dio trouxe preju�zos porque se perdeu tempo analisando o t�pico. "A reforma da Previd�ncia estava praticamente aprovada quando esse t�pico veio � luz. Se tiv�ssemos aprovado a reforma da Previd�ncia, seguramente a situa��o fiscal brasileira e inclusive a proje��o de crescimento do PIB teria sido muito diferente. Ent�o, houve preju�zo na aprova��o da reforma da Previd�ncia", enfatizou o ministro.
Padilha aproveitou para defender a necessidade da reforma da Previd�ncia e disse que "n�o se pode pensar em estabilidade fiscal no Brasil sem ter coragem de se enfrentar a quest�o previdenci�ria". Ele lembrou que mais de 50% do or�amento da Uni�o hoje est� comprometido com a seguridade social, especificamente com a Previd�ncia Social. "N�o podemos continuar com isso. Temos de seguir no rumo da reforma", afirmou, lembrando que talvez n�o seja poss�vel mais fazer no governo Temer, em raz�o da interven��o na �rea de seguran�a do Rio de Janeiro, o que impede a vota��o de emendas constitucionais. Mas, destacou, o pr�ximo governo ter� de debater e ter propostas para a quest�o. "Como ocorreu em outras na��es do mundo, que tiveram que enfrentar esse t�pico, n�s teremos de enfrentar", afirmou.
Popularidade
Padilha foi questionado sobre as raz�es da popularidade do presidente Michel Temer continuar t�o baixa, apesar dos avan�os observados na economia do Pa�s. Segundo ele, uma das raz�es para isso � a den�ncia de maio de 2017, feita por Joesley, e toda a sua repercuss�o na sociedade. "Tivemos e temos aquela tradu��o do epis�dio de maio de 2017, que acaba reverberando at� hoje, o presidente � atacado moralmente. E, em que pese que tenha se defendido, que a C�mara tenha recha�ado a den�ncia, o epis�dio acabou nos trazendo preju�zos pol�ticos", disse. Segundo ele, os avan�os s�o percebidos pela popula��o, mas n�o creditados ao presidente Temer.
(Sandra Manfrini)