Ap�s visitarem Lula, Gleisi e Haddad falam em alian�a para o 2� turno

S�o Paulo, 17 - O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva "liberou" o PT para conversar com outros partidos de centro-esquerda visando uma alian�a eleitoral para o segundo turno da elei��o, conforme relato da presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, e o ex-prefeito de S�o Paulo Fernando Haddad, que visitaram o petista na sala especial onde est� preso h� 40 dias, na Pol�cia Federal, em Curitiba.

Para o primeiro turno, o partido ainda insiste no registro da candidatura do petista e alega que ele pode concorrer e at� ser eleito, mesmo preso e condenado em segunda inst�ncia, segundo a presidente da legenda. "Ele tem at� sua diploma��o para levantar sua inelegibilidade."

Gleisi reconheceu, no entanto, que Lula tem o risco de ser impedido pela Justi�a Eleitoral de concorrer. "No primeiro turno, n�s teremos candidato, ser� Lula. No segundo turno, ele vai vencer e queremos fazer uma composi��o. Se n�o for ele, n�s vamos ver quem da esquerda foi para o segundo turno. Se l� na frente nada der certo, o presidente saber� encaminhar o processo junto com a dire��o do PT."

A dirigente afirma que a Lei da Ficha Limpa, que considera ineleg�vel condenados em segunda inst�ncia, n�o impede que pol�ticos concorram quando h� possibilidade de revers�o em seus processos judiciais. Gleisi deu o exemplo da elei��o de Walter Tenan (MDB) como prefeito de Porecatu (PR), em 2008. O pol�tico foi eleito enquanto estava preso e assumiu posteriormente.

Os petistas destacaram que v�o continuar em conversas com os partidos de esquerda, mas que o objetivo � discutir programas, e n�o alian�as eleitorais. Haddad, que coordena o programa de governo de Lula, disse que o ex-presidente reafirmou que o plano precisa ser "ousado" e na linha do que ocorreu durante seus governos.

O ex-prefeito afastou a possibilidade de ser um "plano B" para o PT e falou que visitar� os governadores do Maranh�o, Fl�vio Dino (PCdoB), cujo partido lan�ou a pr�-candidatura de Manuela d'�vila, e de Pernambuco, Paulo C�mara (PSB) e da Para�ba, Ricardo Coutinho (PSB). Ap�s a desist�ncia de Joaquim Barbosa, o PSB ainda n�o definiu seu rumo nas elei��es de outubro. "� do interesse dele (de Lula) de que os partidos progressistas que se op�em ao governo Temer, que essas for�as progressistas, mantenham o di�logo, independente de ter candidato pr�prio", disse Haddad.

(Daniel Weterman)