S�o Paulo, 19 - O advogado Antonio Figueiredo Basto negou ontem (18) a acusa��o de cobran�a de �prote��o� feita pelos doleiros Vin�cius Claret, o �Juca Bala�, e Cl�udio de Souza, conhecido como �Tony� ou �Peter�. �� um boato que voc� joga no ar. Todo mundo hoje neste Pa�s adora atacar a honra do outro�, disse. �Contra boato n�o tem como se defender�, completou Basto.
O advogado afirmou que nunca teve qualquer tipo de contato com Claret, Souza nem com o doleiro Dario Messer. Segundo ele, os contatos eram feitos por meio de Enrico Machado. �O Enrico era o contratador�, disse. Basto afirmou ainda que �n�o faz o menor sentido� a acusa��o feita pelos doleiros, j� que a dela��o de Alberto Youssef - a quem chama de �Beto� - intermediada por ele foi em 2003 e 2004, enquanto a contrata��o para defender Messer ocorreu somente em 2005.
Segundo ele, Messer foi citado na dela��o de Youssef, o que contraria a suspeita de venda de �prote��o� em dela��es. �Pega a dela��o do Beto (Youssef) no Banestado e veja de quantas pessoas ele falou. Falou do pr�prio Dario (Messer). Eu fiz o acordo. N�o faz sentido uma leviandade dessas�, disse.
Basto citou ainda a pris�o de Rosane, mulher de Messer, em 2009, como argumento de que n�o poderia ter vendido �prote��o� ao doleiro, j� que a mulher dele foi alvo de opera��o da Pol�cia Federal. �O que me chama aten��o � que em 2009 a Rosane foi presa e me contratou.�
Para o advogado, o fato de ter intermediado o depoimento do tamb�m doleiro Renato Chebar, que relatou o envolvimento de Messer com o esquema do ex-governador do Rio S�rgio Cabral (MDB), pode ter motivado Claret e Souza a citarem seu nome. �A dela��o do Chebar explodiu eles no meio.�
Figueiredo Basto insinuou ainda que a cobran�a pode ser uma forma de integrantes da quadrilha tentar tirar dinheiro de seus comparsas. �Isso � uma briga interna. Ele (Dario Messer) mesmo diz que n�o acreditava. N�o sei se algu�m estava roubando algu�m l� dentro, se era uma maneira de justificar.�
A PF em Curitiba n�o quis comentar o caso. O Minist�rio P�blico Federal no Paran� disse, em nota, que �qualquer declara��o de colaboradores em acordos deve ser devidamente apurada�. Os outros citados n�o foram localizados pelo Estado. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo
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(Ricardo Galhardo)