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Estado de Minas

Alian�a competitiva em reduto eleitoral ainda � minoria


postado em 20/05/2018 08:06

S�o Paulo, 20 - A cinco meses das elei��es, a maioria dos presidenci�veis n�o tem asseguradas alian�as competitivas que lhes proporcionem ampla visibilidade e expectativa de vit�ria em seus redutos, onde, em tese, a situa��o eleitoral de cada um deveria ser mais confort�vel.

Levantamento feito pelo jornal O Estado de S�o Paulo mostra que as incertezas que rondam o cen�rio pol�tico nacional permitiram, por enquanto, que nove dos 14 pr�-candidatos citados em pesquisas de inten��o de voto contem com nomes de seus partidos para a disputa em seus Estados, mas com poucas chances de vit�ria.

Apesar de n�o ter conseguido unir o PSDB paulista em torno do nome do ex-prefeito Jo�o Doria, o presidenci�vel tucano, Geraldo Alckmin, � o �nico que tem um correligion�rio liderando as pesquisas de inten��o de voto em seu reduto eleitoral.

O ex-governador ainda tem o apoio formal de M�rcio Fran�a (PSB), que lhe sucedeu no Pal�cio dos Bandeirantes. Se antes era visto como um problema, o palanque duplo de Alckmin em S�o Paulo figura agora como vantagem quando comparado � situa��o de seus advers�rios.

Al�m de Alckmin, os pr�-candidatos que j� asseguraram palanques eletr�nicos em seus Estados s�o Guilherme Boulos (PSOL), Manuela D��vila (PCdoB) e Marina Silva (Rede). PT e MDB tamb�m devem compor essa lista, j� que podem lan�ar, respectivamente, o ex-prefeito Fernando Haddad � em substitui��o ao ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, condenado e preso pela Lava Jato � e o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles ou o pr�prio presidente Michel Temer.

Jair Bolsonaro (PSL) e Ciro Gomes (PDT) s�o os que enfrentam as situa��es mais complexas em seus Estados. Em ambos os casos, os presidenci�veis ter�o de negociar alian�as para ter suas imagens e nomes expostos no hor�rio eleitoral reservado para os candidatos ao governo.

Bolsonaro ainda n�o indicou quem pode apoiar no Rio, e Ciro deve fechar com o PT pela reelei��o do atual governador cearense, Camilo Santana. Pelas regras atuais, no entanto, Santana somente poder� pedir votos para Ciro se o PT e o PDT fecharem uma alian�a nacional.

Respons�vel pela articula��o de Ciro no Nordeste, o deputado Andr� Figueiredo (PDT-CE) admitiu que o partido trabalha para assegurar alian�as na regi�o � na Bahia, no Piau�, no Cear� e no Acre, essa composi��o se dar� com o PT.

Mas essa estrat�gia, segundo ele, vale apenas para o segundo turno. �Na possibilidade de Lula ser candidato, n�s ter�amos, talvez, um problema maior. Caso contr�rio, esse problema ser� superado. No primeiro turno, consideramos essa possibilidade (de apoio do PT a Ciro) absolutamente remota. Esperamos que essa composi��o com PT e PDT seja efetivada no segundo turno�, disse.

Sem palanque para disputar o governo do Rio, o PSL aposta na candidatura de um dos filhos do presidenci�vel do partido ao Senado, o deputado estadual Fl�vio Bolsonaro, como ponto de apoio relevante no Estado.

Base. Para pesquisadores, a aus�ncia de candidatos aos governos estaduais que apoiem o presidenci�vel � e emprestem alguma viabilidade eleitoral � pode ser um fator complicador. �Prejudica muito, porque os Estados formam a base da campanha do candidato � Presid�ncia�, disse o professor David Fleischer, do Instituto de Ci�ncia Pol�tica da Universidade de Bras�lia (UnB). �A falta de base afeta ainda mais Bolsonaro se Lula n�o for candidato: Bolsonaro vai ficar sem assunto, porque ele � o candidato anti-Lula.�

Com a decis�o de Bernardinho (Novo) de n�o disputar o governo do Rio, o DEM do presidente da C�mara, Rodrigo Maia, que mant�m sua pr�-candidatura ao Planalto, intensificou negocia��es para lan�ar o ex-prefeito fluminense Eduardo Paes. �N�o tenho d�vida, ele ser� o nosso candidato no Rio e � favorito.

Vamos montar alian�as com alguns partidos, chapa forte, candidaturas proporcionais, campanha vitoriosa�, afirmou o prefeito de Salvador e presidente da sigla, ACM Neto.

A op��o Paes passou a ser cogitada ap�s Cesar Maia, tamb�m ex-prefeito do Rio e pai de Rodrigo Maia, n�o aceitar entrar na disputa. Antes, ele havia sido cortejado pelo PSDB, que n�o tem candidato no Estado.

Regras. Para a Rede, as candidaturas nos Estados devem servir apenas como palanque para Marina, j� que nenhuma delas se mostra competitiva at� agora. No Acre, Estado de origem da pr�-candidata, o nome ao governo deve ser o de Jana�na Furtado, ainda n�o citada nas pesquisas de inten��o de voto.

O mesmo deve valer para Manuela e Boulos, que recha�a a baixa competitividade de sua candidata. �A Lisete Arelaro � uma das maiores autoridades em educa��o p�blica do Pa�s. � tamb�m a �nica mulher at� aqui na corrida. Ela representar� em S�o Paulo o mesmo projeto que estamos construindo para o Brasil�, disse Boulos.

J� o PT em S�o Paulo segue isolado em seu maior reduto e sofre com a aus�ncia de Lula. Amigo pessoal do ex-presidente, o ex-prefeito de S�o Bernardo do Campo Luiz Marinho, pr�-candidato ao governo, aparece na quarta coloca��o nas pesquisas de inten��o de voto.

Regras n�o s�o claras

As articula��es entre os partidos pol�ticos para montar alian�as nas disputas estaduais esbarram na aus�ncia de regras claras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para normatizar a campanha de coliga��es no hor�rio eleitoral gratuito no r�dio e na TV � o chamado �palanque eletr�nico�.

A legisla��o em vigor veda apenas que candidatos majorit�rios (ao cargo de governador) �invadam� o hor�rio reservado aos proporcionais (deputados federais e estaduais), mas n�o aborda a possibilidade de �trai��es�.

Segundo especialistas em direito eleitoral ouvidos pelo Estado, se um partido lan�ar nome pr�prio ao Pal�cio do Planalto ou fizer parte de em uma coliga��o presidencial, o candidato da sigla a governador pode ficar proibido de pedir voto ou exibir nome e n�mero do postulante de outro legenda.

Por este entendimento, para o presidenci�vel do PSDB, Geraldo Alckmin, isso pode significar que o governador M�rcio Fran�a (PSB), seu aliado, seja obrigado a ignor�-lo durante a campanha no hor�rio eleitoral se o PSB decidir apoiar outro nome para presidente.

Como n�o h� uma norma espec�fica para regular o assunto, advogados dos partidos que se sentirem prejudicados podem fazer uma consulta formal ao TSE. Assim, o tema seria discutido no plen�rio do tribunal.

Confus�o. O advogado Anderson Pomini, especialista em direito eleitoral, afirmou que a legisla��o prev� que qualquer propaganda que confunda o eleitor pode ser retirada do ar pelo TSE. Na mesma linha, Rubens Be�ak, professor de direito da USP de Ribeir�o Preto, disse que o argumento da �confus�o do eleitor� � uma possibilidade a ser apresentada ao TSE.

Um eventual veto da Justi�a Eleitoral �s alian�as estaduais entre partidos que s�o rivais no plano nacional pode prejudicar o Podemos de �lvaro Dias, o PSC de Paulo Rabello de Castro, o PRB de Fl�vio Rocha e o Solidariedade de Aldo Rebelo.

No Cear�, o PDT de Ciro Gomes pode apoiar Camilo Santana, governador do PT que concorre � reelei��o. No entanto, se o PT lan�ar um �plano B�, Ciro fica sem palanque eletr�nico no pr�prio Estado.

Sem nenhum partido ao seu lado, Jair Bolsonaro, do PSL, tem pouco tempo de TV � 1 segundo. Pela regra do TSE, nenhum candidato de outra legenda poder� pedir voto para ele. O mesmo vale para Marina Silva, da Rede.As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.

(Adriana Ferraz, Felipe Siqueira, Talita Nascimento, Roberta Jansen e Pedro Venceslau)


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