S�o Paulo, 20 - Ao refor�ar pedido pela rescis�o dos acordos de colabora��o dos executivos Wesley Batista e Francisco de Assis e Silva, da J&F, a procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge, afirmou que �n�o h� espa�o para espertezas, ardis e trapa�as� no �mbito de uma dela��o premiada.
A manifesta��o, em resposta �s alega��es das defesas, era a �ltima que faltava chegar ao ministro para que ele decida se valida ou n�o a rescis�o n�o s� dos dois acordos, como tamb�m daqueles de Joesley Batista e Ricardo Saud.
Raquel aponta o �descumprimento do Acordo imputado a Wesley Batista, a saber, a pr�tica de crime de insider trading durante o processo de negocia��o da sua colabora��o premiada, e mesmo ap�s a sua assinatura e homologa��o judicial, �, tamb�m, ato que afronta diretamente o �mago do acordo, tal qual j� se discorreu em t�pico anterior desta pe�a�.
�Trata-se de conduta que demonstra que, apesar do pacto firmado com o MPF, Wesley Batista continuou se valendo
de expedientes esp�rios, e mesmo criminosos, para alcan�ar lucro f�cil; e isso com o uso do pr�prio acordo de colabora��o que ele firmou�, afirmou.
Outro motivo, no caso de Wesley e Francisco, foi a constata��o de que os delatores n�o comunicaram participa��o de Marcello Miller na negocia��o dos acordos enquanto ainda era procurador da Rep�blica.
A procuradora-geral diz que os dois delatores, al�m de Joesley e Saud, podem ter cometido o crime de corrup��o ativa. Raquel Dodge chega a afirmar que Joesley e Saud pagaram �vantagem indevida� a Marcello Miller para que ele praticasse atos de of�cio a favor � e aponta que o ex-procurador pode ter cometido dois crimes.