Ciro critica Temer e defende que Parente seja demitido

S�o Paulo, 25 - Diante da greve de caminhoneiros e da crise de abastecimento no Pa�s, o pr�-candidato � Presid�ncia da Rep�blica, Ciro Gomes (PDT), atacou o presidente Michel Temer e o presidente da Petrobras, Pedro Parente, responsabilizando a pol�tica de pre�os da estatal pela situa��o que levou ao bloqueio de rodovias no Brasil. Ele defendeu a demiss�o de Parente da empresa e uma mudan�a nas regras atuais que reajustam o pre�o dos combust�veis com base no c�mbio e nos pre�os internacionais.

"Pol�tica de pre�os no Brasil � uma fraude. A pol�tica do Pedro Parente e do Michel Temer � uma fraude que basicamente fez uma Na��o inteira ref�m, uma economia inteira ref�m para beneficiar meia d�zia de acionistas minorit�rios", comentou Ciro, ap�s participar de um almo�o com empres�rios do Instituto Desenvolvimento para o Varejo (IDV), na capital paulista.

Para Ciro, o uso das For�as Armadas, anunciado pelo governo, mostra que est� "tudo errado" na condu��o da crise. Ele acrescentou que a "predisposi��o do povo ao autoritarismo" agrava a situa��o. "Para a economia, o efeito ainda � irrelevante. O problema � o transtorno na vida do povo e a predisposi��o da popula��o brasileira ao autoritarismo."

Criticando o acordo anunciado na v�spera pelo governo, de ressarcir a Petrobras pelo congelamento no pre�o do diesel, Ciro afirmou que a melhor negocia��o seria demitir Parente e mudar a pol�tica da estatal. "Diante da greve, a �nica coisa que tem que fazer � negociar. Agora, negociar significa demitir o Pedro Parente e fazer a pol�tica de pre�o s�ria." O presidente da Petrobras n�o deveria nem ter sido chamado, assim como Temer n�o deveria estar no governo, destacou.

"O acordo que o governo fez aperfei�oa essa fraude na medida em que espera nas costas do povo, pela ren�ncia fiscal absolutamente incab�vel numa hora dif�cil como essa, uma solu��o que n�o resolve nada", atacou.

O pedetista prop�e que os pre�os dos combust�veis sejam determinados com base nos custos da Petrobras, na remunera��o do imobilizado e em um lucro em linha com competidores. O presidenci�vel afirmou que, "neste momento", a �nica responsabilidade pela crise dos combust�veis � de Michel Temer, poupando a ex-presidente Dilma Rousseff. "Ela n�o deixou essa pol�tica do Pedro Parente se implantar", afirmou. "Mas a pol�tica minha n�o � a da Dilma", ponderou, defendendo uma "matriz de custos absolutamente profissional."

Mandando um recado ao mercado financeiro, que n�o recebe bem uma proposta de mudar a pol�tica de pre�os da estatal, Ciro afirmou que em um eventual governo a pr�pria Uni�o compraria as a��es dos descontentes. "Quem n�o quiser, no meu governo, eu compro as a��es. Quem quiser vender, o Brasil quer comprar", declarou.

(Daniel Weterman)