Em encontro com membros da Assembleia de Deus, Temer pede ora��es

Bras�lia, 31 - O presidente Michel Temer participou nesta quinta-feira, 31, de um culto na Assembleia de Deus, em Bras�lia. Antes de ser recebido no templo, um bispo chegou a orientar os fi�is para que n�o vaiassem o presidente. O pedido foi atendido. Quando Temer chegou, foi aplaudido. "Aqui voc� s� vai ser aplaudido, porque aqui aprendemos a respeitar as autoridades constitu�das", disse o bispo Manoel Ferreira, ao receber o presidente.

Em seu discurso, Temer pediu aos presentes que orassem por ele e por seu governo. O presidente, que deixou o encontro sem falar com a imprensa, afirmou que o fim da greve dos caminhoneiros se deu por meio de di�logo e sem o uso da for�a. "Gra�as a Deus, estamos encerrando essa greve dos caminhoneiros, por meio de uma atitude minha que, muitas vezes, tem sido criticada, que � o di�logo", disse Temer. "Eu n�o uso a for�a, e nem mesmo a autoridade. A for�a, jamais. At� mesmo a autoridade, s� depois de empreender o di�logo."

Temer, que estava acompanhado do pr�-candidato do MDB, Henrique Meirelles, disse que mantinha em sua mesa, na Presid�ncia da Rep�blica, dois livros, a Constitui��o Federal e a B�blia.

"Eu confesso que, nos poucos momentos que eu tenho livre na minha sala, eu abro um pouco a Constitui��o, quando tenho d�vida de natureza organizativa, mas abro frequentemente a B�blia. Ali�s, deixo aberta. Mas de vez em quando folheio porque dizem 'quando voc� tiver uma dificuldade, veja na B�blia que voc� ter� um caminho'. E n�o foram poucas as vezes que eu abri a B�blia, assim, sem nenhuma inten��o a n�o ser aquela do tipo 'Deus, me d� um caminho'. Quando abria numa folha qualquer, numa p�gina qualquer, eu lia um Salmo, um Prov�rbio, o que fosse e l� eu encontrava o caminho para aquele dia", disse.

O presidente afirmou que "os dias na Presid�ncia n�o s�o dias f�ceis, especialmente no momento em que o Pa�s perdeu um pouco a no��o da cerim�nia, da solenidade, da liturgia, do respeito, da educa��o, que � uma coisa important�ssima".

O presidente disse que, durante a greve dos �ltimos dez dias, n�o houve nenhum ato de viol�ncia por parte do Estado Brasileiro. "A �nica morte que ocorreu, lamento dizer, foi de uma atividade pol�tica de algu�m que atirou um tijolo em um caminh�o, e acabou atingindo a cabe�a de um caminhoneiro, mas n�o houve nada em oito, nove, dez dias. N�s estamos saindo dela com a maior tranquilidade."

Temer disse que foi um exemplo da for�a do di�logo e de sua autoridade. "Quando o di�logo come�ou a falhar, eu chamei as for�as federais todas para se conectarem, para se aliarem, e pacificarem o Pa�s. Isso deu um resultado extraordin�rio, comentou Temer. "Acho que eu fui chamado no dia de hoje, viu bispo Manuel Ferreira, iluminado por Deus, porque... na verdade, disseram, 'olha., v� l� no templo da Assembleia de Deus comemorar a pacifica��o do Pa�s. Acho que foi isso que n�s fizemos."

O presidente, que antes tinha se reunido com 27 presidentes estaduais da Assembleia de Deus no Pa�s, procurou destacar realiza��es de seu governo, como a reforma do ensino m�dio, que preservou "os direitos morais do nosso sistema".

Elei��es

Temer destacou que o Pa�s vai entrar em um ciclo das elei��es e pediu aos fi�is que n�o se baseiem em nomes, mas em projetos de governo. O presidente encerrou sua fala com um pedido de ora��es em seu nome. "Eu pe�o que orem por mim e orem pelo governo. Orando por mim e pelo governo, estar�o orando pelo Pa�s."

(Andr� Borges)