A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, afirmou que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (preso em Curitiba) ser� o candidato da legenda � presid�ncia da Rep�blica. Durante evento para lan�ar oficialmente o nome de Lula para a disputa pelo Planalto na tarde desta sexta-feira, em Contagem, a senadora disse que o partido entrou com a��es para garantir que Lula possa participar da campanha, fazer pronunciamentos, dar entrevistas.
"Lula n�o est� com os direitos pol�ticos suspensos. Vamos confirmar sua candidatura, o prazo eleitoral � 15 de agosto. N�o pensamos em plano B", disse a senadora.
Segundo Gleisi, nas elei��es de 2016, 145 prefeitos disputaram o pleito na mesma condi��o de Lula. "J� apresentamos os pedidos na Justi�a para que Lula possa falar, dar entrevistas e gravar v�deos. Queremos que o STF se pronuncie", afirmou.
Sobre a candidatura ao Senado da ex-presidente Dilma Roussef, Gleisi afirmou que as lideran�as do partido em Minas est�o acompanhando a posi��o de Dilma nas pesquisas, mas o nome dela ainda n�o foi definido.
Dilma participa do encontro de mulheres do PT. O tom � de campanha, mas perguntada sobre seu futuro, Dilma n�o respondeu.
Ao analisar o cen�rio da elei��o em Minas, Gleisi afirmou que a tend�ncia � que o PT se alie no estado a suas alian�as hist�ricas de esquerda, mas que parte do MDB em Minas esteve ao lado do PT e do presidente Lula.
Ao lado de Dilma, a presidente do PT em Minas, Cida de Jesus, defendeu o lan�amento da ex-presidente ao Senado. Nos discursos, Dilma � tratada como "futura senadora" e agradece os gritos de apoio.
Segundo Gleisi, o PT mant�m conversas com o PSB e uma defini��o sobre apoios entre as legendas pode avan�ar nos pr�ximos dias. Essa defini��o pode influenciar a candidatura do ex-prefeito Marcio Lacerda (PSB) ao governo de Minas.
"O PSB est� no nosso arco de alian�as e � priorit�rio tamb�m. Se tivermos uma alian�a nacional, os acordos regionais ser�o feitos de acordo com o nacional", disse Gleisi.
Em discurso no evento Elas por Elas, Dilma defendeu mais espa�o feminino no legislativo, criticou o racismo no pa�s e lembrou de quando foi presa durante a ditadura.
Petista em peso
Est�o presentes no lan�amento oficial da candidatura de Lula, os governadores do PT, a executiva nacional da legenda e lideran�as de movimentos sociais.
Ao chegar ao evento a deputada J� Morais (PCdoB) afirmou que sua pr� candidatura ao Senado est� firme. A chapa pela qual concorrer� ainda est� indefinida. Ela est� conversando com o PSB, do ex-prefeito Marcio Lacerda, e com o governador Fernando Pimentel.
O governador do Cear� Camilo Santana (PT), que na semana passada fez declara��es de apoio a Ciro Gomes, n�o est� presente no evento.
Manifesto de Lula
Um manifesto escrito por Lula de dentro da pris�o foi lido ao final do evento. Ao longo do texto, o ex-presidente fala da fam�lia, dos motivos que o levaram a se candidatar novamente e da busca por "uma pacifica��o nacional".
Leia um trecho:
"H� dois meses estou preso, injustamente, sem ter cometido crime nenhum. H� dois meses estou impedido de percorrer o Pa�s que amo, levando a mensagem de esperan�a num Brasil melhor e mais justo, com oportunidades para todos, como sempre fiz em 45 anos de vida p�blica.
Fui privado de conviver diariamente com meus filhos e minha filha, meus netos e netas, minha bisneta, meus amigos e companheiros. Mas n�o tenho d�vida de que me puseram aqui para me impedir de conviver com minha grande fam�lia: o povo brasileiro. Isso � o que mais me angustia, pois sei que, do lado de fora, a cada dia mais e mais fam�lias voltam a viver nas ruas, abandonadas pelo estado que deveria proteg�-las".