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Estado de Minas

Rem�dios na Papuda poderiam levar � morte de Geddel, diz laudo


postado em 08/06/2018 18:24

Bras�lia, 08 - Os rem�dios apreendidos com o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) na cela em que est� preso no Complexo Penitenci�rio da Papuda poderiam causar a morte do emedebista se ingeridos de uma s� vez. A conclus�o � de laudo do Instituto M�dico Legal (IML) enviado � Justi�a do Distrito Federal.

A ju�za da Vera de Execu��es Penais, Leila Cury, reproduziu trecho do documento em despacho publicado na ter�a-feira, 5, ap�s solicitar uma apura��o sobre centenas de medicamentos encontrados na cela do ex-ministro, sem que ele tivesse receita m�dica.

Geddel est� preso desde que a Pol�cia Federal encontrou em um apartamento em Salvador caixas e malas de dinheiro vivo, somando R$ 51 milh�es. A fortuna � atribu�da ao ex-ministro.

"O ilustre perito signat�rio do laudo e seu aditamento afirmou que 'se todas essas subst�ncias forem ingeridas em sua totalidade (todos os comprimidos encontrados de todas as subst�ncias), poderia causar a morte do periciando'", cita a ju�za.

Os peritos informam que "alguns medicamentos possuem o mesmo princ�pio ativo, e, por isso, podem ser potencialmente perigosos se tomados em conjunto, a depender da posologia de cada um".

Outros transtornos potenciais levantados pelo laudo do IML s�o "hepatite t�xica medicamentosa, insufici�ncia hep�tica, insufici�ncia renal aguda, arritmia ventricular card�aca (com potencial evolu��o para assistolia), s�ndrome de Stevensjohnson, s�ndrome convulsiva), hipersonia medicamentosa e insufici�ncia respirat�ria, entre outros".

O jornal O Estado de S. Paulo revelou, no fim de abril, que centenas de comprimidos haviam sido encontrados em posse de Geddel na Papuda e que ele se recusara a passar por um exame pericial de emerg�ncia, ap�s ter sido visto com comportamento alterado por funcion�rios do setor de sa�de do pres�dio. Os agentes penitenci�rios apreenderam centenas de comprimidos dos medicamentos antidepressivos, contra ins�nia, tranquilizantes, analg�sicos e para tratamento g�strico, al�m de uma pomada.

A defesa de Geddel disse que os rem�dios foram repassados a ele pela equipe m�dica do Centro de Deten��o Provis�ria (CDP) e que n�o procede que ele n�o possu�sse autoriza��o. "Os medicamentos s�o preceitos e dados pela penitenci�ria", disse o advogado Gamil Foppel � reportagem.

Na ter�a-feira, 5, a ju�za determinou que a dire��o do CDP controle o ac�mulo excessivo de rem�dios prescritos a Geddel, que est� preso provisoriamente. Ela tamb�m afirma que o pol�tico pode ter necessidade de acompanhamento de psiquiatras.

"Embora Geddel n�o tenha sido submetido a exame psiqui�trico e, em raz�o disso, n�o tenha havido qualquer conclus�o psicopatol�gica, resta ineg�vel que a apreens�o de diversos medicamentos e em quantidades que extrapolavam as respectivas ingest�es di�rias, requer cuidados, sobretudo quando uma das possibilidades resultantes de eventual de ingest�o concomitante seria a morte", anotou Leila Cury.

"Al�m do mais, o quadro comportamental apontado pela equipe m�dica do CDP no sentido de que, ao ser abordado no dia dos fatos, Geddel 'estaria se portando de maneira estranha em raz�o de o mesmo estar sob efeito de alguns rem�dios', aliada ao conte�do do laudo psiqui�trico e seu aditamento sinalizam no sentido de que pode haver necessidade de acompanhamento psiqui�trico."

A magistrada comunicou ao Minist�rio P�blico e � Ordem dos Advogados do Brasil sobre a conduta de um estagi�rio do escrit�rio que atua na defesa de Geddel. Ele � apontado como respons�vel por orientar expressamente o ex-ministro a n�o se submeter ao exame pericial e psicopatol�gico de emerg�ncia, quando o flagrante ocorreu, em abril. Ela afirma que ele agiu como algu�m que "tenta impedir procedimento m�dico que visa salvar vidas, por motivos religiosos".

(Felipe Fraz�o)


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