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Estado de Minas

Articula��o ligada a FHC v� Marina como alternativa

A preocupa��o � criar uma terceira via para enfrentar eventual polariza��o entre o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) e um candidato que represente uma coaliz�o de esquerda


postado em 11/06/2018 07:48 / atualizado em 11/06/2018 08:11

Marina Silva(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Marina Silva (foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

S�o Paulo - Lan�ado na semana passada com o apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o movimento suprapartid�rio que busca viabilizar uma candidatura comprometida com as reformas estruturais avalia que Marina Silva (Rede) pode se consolidar como uma alternativa do chamado "centro democr�tico" na disputa presidencial.

L�deres pol�ticos que integram o grupo acreditam que as conversas devem se concentrar em tr�s nomes: a ex-ministra do Meio Ambiente, o presidenci�vel do PSDB, Geraldo Alckmin e Alvaro Dias, pr�-candidato do Podemos.

A preocupa��o � criar uma terceira via para enfrentar eventual polariza��o entre o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) e um candidato que represente uma coaliz�o de esquerda. Parte dos signat�rios do manifesto Por um Polo Democr�tico e Reformista, lan�ado na semana passada, incentivou a entrada de um outsider na corrida presidencial, no caso, o apresentador Luciano Huck, que declinou do convite feito pelo PPS.

Nesse aspecto, a avalia��o � que, al�m do desempenho nas pesquisas de inten��o de voto, Marina ainda � um nome menos contaminado pelo desgaste com os partidos e a pol�tica tradicional.

Na pesquisa Datafolha divulgada ontem, a ex-ministra se mant�m em segundo lugar, com at� 15% das inten��es de voto, nos cen�rios sem o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, do PT, preso e condenado na Opera��o Lava Jato.

Bolsonaro lidera com 19% das prefer�ncias na aus�ncia de Lula. Alckmin, que tenta unir o "centro" em torno do seu nome, alcan�a 7% das inten��es de voto, em situa��o de empate t�cnico com o ex-ministro Ciro Gomes. O pr�-candidato do PDT oscilou entre 10% e 11%. J� Alvaro Dias aparece com 4%.

"Marina � uma candidata desse campo. O nome dela deve ser levado em considera��o. Achamos no PPS que Alckmin � o melhor candidato, mas n�o podemos ir para a conversa impondo o nome dele. Temos de admitir que pode n�o ser", disse o presidente nacional do PPS, Roberto Freire. Segundo Freire, em conversa recente, a mesma avalia��o foi feita por Fernando Henrique. Ao jornal O Globo, FHC disse que "n�o conv�m" fechar portas para a ex-ministra.

O grupo ainda acredita que Alckmin ter� f�lego de "maratonista" e vai crescer quando a campanha come�ar de fato. O nome de Marina, por�m, � visto como alternativa, especialmente em face � crise interna que afeta a pr�-campanha tucana.

Estacionado nas pesquisas de inten��o, o ex-governador enfrenta a desconfian�a de aliados e at� de setores do pr�prio PSDB sobre suas chances e est� sendo pressionado a adotar uma estrat�gia mais agressiva. A articula��o do grupo ligado a FHC irritou o entorno de Alckmin. A leitura � que o movimento criou um clima ruim e "espantou" os dois principais alvos do partido nesse momento: o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e Alvaro Dias. Os tucanos marcaram um jantar com Maia na semana que vem para recompor a rela��o. "O objetivo � estarmos todos juntos no primeiro turno, mas com Geraldo na cabe�a da chapa", disse o deputado Nilson Leit�o (MT), l�der do PSDB na C�mara.

Fernando Henrique se reuniu recentemente com a senadora Rose de Freitas (Podemos-ES) em S�o Paulo para falar sobre a necessidade de uni�o do centro j� no primeiro turno e demonstrou preocupa��o com a fragmenta��o desse campo pol�tico em muitas candidaturas.

Em conversas com aliados, o pr�-candidato do Podemos tem dito que acredita em um afunilamento no primeiro turno para dois candidatos do centro: um liderado pelo PSDB e outro � margem dessa composi��o. "� dif�cil saber agora qual � o nome mais adequado para liderar essa converg�ncia. � muito cedo para identificarmos. O ambiente est� muito confuso", afirmou Dias.

Resist�ncias

Na Rede, h� resist�ncias a uma aproxima��o com o PSDB - Marina j� apontou falta de "identidade program�tica" entre as siglas - e partidos do centro. Interlocutores avaliam que, do ponto de vista pragm�tico, uma alian�a seria positiva, mas veem dificuldade em conciliar temas da economia e do meio ambiente. "Em hip�tese alguma, Marina abriria m�o de ser candidata e, dificilmente, abriria m�o da independ�ncia da polariza��o entre PT e PSDB", disse o coordenador da Rede, Bazileu Margarido. O "plano A "da pr�-candidata � reavivar as alian�as de 2014, principalmente o PSB, que tem 26 deputados na C�mara e tamb�m � cortejado pelo PT e o PDT (mais informa��es na p�g. A6).

O receio de uma polariza��o entre Bolsonaro e um candidato da esquerda e a percep��o de que nenhum candidato mais identificado com as reformas estruturais tem chance de vit�ria ajudou a estressar o mercado na semana passada. Na quinta-feira, o d�lar registrou uma disparada e chegou R$ 3,91, enquanto a Bolsa caiu 2.93%.

Procurados, Marina e FHC n�o se pronunciaram.


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