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Estado de Minas

PF v� Cristiane Brasil em 'posto de comando' no Minist�rio do Trabalho


postado em 14/06/2018 21:18

Bras�lia, 14 - No pedido que baseou a segunda fase da Opera��o Registro Esp�rio, a Pol�cia Federal apontou que a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ), mesmo tendo sido vetada pela Justi�a de assumir o Minist�rio do Trabalho, passou a ter um "posto de comando" na Secretaria de Rela��es do Trabalho da Pasta, "com evidentes ind�cios de manipula��o e direcionamento de processos de registro sindical". Investigadores apontam que a petebista integrou a organiza��o criminosa que atuou na Secretaria de Rela��es do Trabalho.

Os ind�cios que motivaram a realiza��o de busca e apreens�o no gabinete e em dois endere�os residenciais da deputada foram colhidos ap�s a apreens�o do celular do "bra�o direito" dela na Secretaria, Renato Ara�jo J�nior, preso na primeira fase da opera��o, no dia 30 de maio. Dois dias depois, a PF pediu medidas contra a parlamentar, endossadas pela Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) e autorizadas pelo ministro relator Edson Fachin. A rela��o com Renato, ora chamada de "inger�ncia", ora de "sociedade", foi uma das constata��es dos investigadores.

"O conte�do das conversas revela que, em que pese ter sido impedida por decis�o judicial de tomar posse como Ministra do Trabalho no in�cio do corrente ano, Cristiane Brasil passou a exercer grande influ�ncia no �rg�o. Os di�logos demonstram que Cristiane Brasil, mesmo n�o ocupando formalmente qualquer cargo na estrutura do Minist�rio do Trabalho, foi al�ada, na pr�tica, a um posto de comando na Pasta, fortalecendo a estrutura de atua��o do 'Subn�cleo PTB'", afirmou a PF ao Supremo.

Para a procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge, "a breve an�lise feita em um dos telefones deste investigado (Renato Ara�jo) deixou patente a exist�ncia de veementes ind�cios da participa��o da filha de Roberto Jefferson, a deputada federal Cristiane Brasil, na Organiza��o Criminosa".

Um dos pontos que a PF aponta como graves, mas sobre os quais a investiga��o n�o tem clareza sobre poss�vel cometimento de crime, � uma mensagem que a deputada copia e cola para o celular de Renato Ara�jo falando que est� sofrendo press�o. A PF suspeita que a mensagem se refere a pagamento de valores acertados anteriormente.

"A an�lise isolada da mensagem n�o permite entender o seu contexto, mas o fato de ter sido encaminhada a Renato indica a possibilidade de ser relacionada a propina acertada para manipula��o de processos sindicais, devendo tal hip�tese criminal ser averiguada ap�s o deferimento das medidas que ser�o pleiteadas nesta pe�a (busca e apreens�o)", diz a PF.

Autoriza��o

A deputada obteve, nesta quinta-feira, uma decis�o favor�vel do ministro Edson Fachin, que a permitiu a ir a anivers�rio do pai, Roberto Jefferson, mesmo diante da proibi��o que o magistrado lhe havia imposto quanto a falar com os demais investigados. O pai � tamb�m suspeito de dar ordens executadas no minist�rio.

Fachin disse que este � um "imperativo e humanamente compreens�vel dever familiar" e pediu que a PGR opine, em at� cinco dias, sobre o alcance das medidas determinadas contra a deputada, que tamb�m deseja permiss�o para se reunir com dirigentes do PTB, como o pr�prio pai, que � presidente do partido, e Jovair Arantes, que � o l�der na C�mara.

"Ebaaaaaaaaaa"

Al�m de direcionar registros de acordo com interesses pessoais, a PF aponta que a deputada trabalhava nos bastidores para refor�ar o quadro de servidores do Minist�rio do Trabalho com integrantes que favoreciam o PTB. Essas movimenta��es da deputada aconteciam em um contexto em que o n�cleo administrativo da organiza��o criminosa estava se reestruturando, segundo a PF. Um "importante refor�o" foi o retorno � pasta de J�ssica Capeletti, ligada a Renato. A PF aponta que Cristiane Brasil trabalhou para isso.

Na troca de mensagens se percebe que, quando Renato Ara�jo informou da nomea��o de J�ssica, a deputada chegou a comemorar. "J�ssica aprovada na Casa Civil!!", disse Renato. "Ebaaaaaaaaaa", respondeu Cristiane Brasil.

Ao pedir para vasculhar endere�os da deputada e impedi-la de frequentar o Minist�rio do Trabalho e falar com demais investigados, a PF apontou que as provid�ncias "certamente frear�o a inger�ncia da investigada sobre a SRT". Mesmo assim, o delegado mostrou preocupa��o de que as atividades criminais praticadas dentro da pasta possam continuar.

"Considerando todo o contexto exposto no t�pico precedente, e n�o sendo vi�vel sequer de se cogitar a decreta��o de pris�o preventiva da investigada, por conta da imunidade formal que goza, a imposi��o de medidas cautelares diversas da pris�o � a �nica sa�da para interromper - ou pelo menos abrandar - a atua��o da ORCRIM (organiza��o criminosa), que, pelo visto, continuar� em atua��o mesmo depois do cumprimento das ordens de segrega��o cautelar e demais medidas expedidas por essa Corte Suprema, com a indica��o de novos membros para a ocupa��o de cargos na SRT, que passar�o a atuar sob a reg�ncia de CRISTIANE BRASIL", afirmou a PF.

O delegado Leo Garrido, no entanto, destacou que "n�o � vi�vel sequer de se cogitar a decreta��o de pris�o preventiva da investigada, por conta da imunidade formal que goza".

Defesa

A defesa de Cristiane Brasil foi questionada sobre as afirma��es dos investigadores, mas ainda n�o enviou resposta.

(Breno Pires)


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