Marab� - O pr�-candidato do PSL ao Pal�cio do Planalto, deputado Jair Bolsonaro, far� nesta quinta-feira, 12, um p�riplo por Marab�, no sudeste paraense, cidade marcada pela repress�o militar � Guerrilha do Araguaia, nos anos 1970, que deixou dezenas de mortos de ambos os lados, al�m de desaparecidos.
D�cadas depois da atua��o das tropas, a regi�o continua marcada por conflitos - ocupa a 11.ª posi��o no ranking do Atlas da Viol�ncia, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea) e pelo F�rum Brasileiro de Seguran�a P�blica - e ainda tem forte presen�a das For�as Armadas.
Na agenda do pr�-candidato, o principal ponto ser� uma visita � sede da 23.ª Brigada de Infantaria do Ex�rcito, com a participa��o de "todos" os comandantes dos quart�is de Marab�.
Ao lado de Bolsonaro estar� um dos ex-comandantes militares da Amaz�nia, o general da reserva Augusto Heleno Ribeiro Pereira. Cotado para vice na chapa do presidenci�vel, o general disse que o passado da guerrilha est� superado e n�o tem conex�o com o presente. "� uma viagem sentimental", afirmou.
O general Heleno lembrou que foi da brigada de Marab� que saiu um contingente importante para atuar na miss�o das Na��es Unidas no Haiti, comandada por ele em 2004 e 2005.
Ele reconheceu que a �rea n�o � rota de narcotr�fico nem regi�o de fronteira para manter uma grande presen�a do Ex�rcito, mas � emblem�tica por sua complexidade. "� uma regi�o enorme no cora��o da Amaz�nia Oriental, de grandes problemas internos, de desmatamento, de conflitos sociais e atua��o de movimentos de reforma agr�ria. Politicamente, � importante manter uma tropa."
Se na �poca do combate � guerrilha, a selva do Par� chegou a abrigar 2 mil homens do Ex�rcito, as seis unidades militares na regi�o mant�m atualmente o dobro de soldados.
Viol�ncia
A forte presen�a do Ex�rcito, por�m, n�o inibe a criminalidade. Dados das delegacias de pol�cia de Marab�, munic�pio com popula��o de 271 mil habitantes, apontam uma m�dia de um assassinato por dia nas periferias sem rede de �gua e esgoto.
De Marab�, Bolsonaro segue para a vizinha Parauapebas, outro munic�pio com �ndice de homic�dios superior � m�dia nacional.
Embora tenha uma forte atua��o de movimentos sociais, a pol�tica do sudeste paraense � comandada por partidos de centro. Das tr�s maiores prefeituras, o MDB do senador Jader Barbalho administra Parauapebas, com o Darci Lermen, e Cana� dos Caraj�s, com Jeov� Gon�alves de Andrade. Ti�o Miranda, do PTB, est� � frente da prefeitura de Marab�.