S�o Paulo - O an�ncio feito nesta quinta-feira, 12, pelo governador de Pernambuco, Paulo C�mara (PSB), candidato � reelei��o, de apoio � pr�-candidatura de Luiz In�cio Lula da Silva, ap�s encontro com a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, deve provocar um racha na sigla nessas elei��es.
Ap�s a declara��o p�blica de C�mara, Delgado acredita que ser� muito dif�cil o PSB seguir unido neste pleito e a tend�ncia � que a sigla libere os Estados e cada um siga o caminho que lhe for mais conveniente, priorizando as alian�as regionais. "Estamos como biruta de aeroporto rodando, isso � muito ruim. Com todo respeito a Paulo C�mara, sabemos que Lula est� ineleg�vel. Ficar nessa situa��o a menos de um m�s para a defini��o das alian�as � o pior dos cen�rios", disse Delgado � Eldorado.
O vice-l�der do PSB disse que � muito dif�cil, ap�s a declara��o de Paulo C�mara, que Estados do Nordeste e o Amap� marchem junto com Ciro Gomes. "Desde que perdemos Eduardo Campos (morto em um acidente a�reo na elei��o presidencial de 2014) e que Joaquim Barbosa (ex-presidente do STF) desistiu de ser nosso candidato � Presid�ncia da Rep�blica, ficamos desorientados", admitiu.
Na entrevista, ele insistiu que o caminho mais pr�ximo do campo ideol�gico da sigla � apoiar Ciro, mas reconheceu que agora o clima � de instabilidade, sem defini��o sobre quem apoiar.
Delgado confirmou o adiamento das reuni�es da executiva previstas para a semana que vem, onde, no seu entender, o partido deveria fechar apoio a Ciro Gomes nessa corrida ao Pal�cio do Planalto. E disse que � preocupante isso ocorrer �s v�speras da conven��o da legenda, marcada para o dia 5 de agosto. "Estamos numa sinuca de bico", frisou.
O deputado lembrou que o partido, no Nordeste, sempre foi mais aliado � esquerda, diferente do que ocorre no Sul e Sudeste. Apesar de prever o racha na sigla, Delgado fez quest�o de se diferenciar do partido do presidente Michel Temer. "N�o temos voca��o para ser um MDB, mesmo que sejamos mais um partido nessa sopinha de letrinhas, onde � cada um por si e n�o se faz a diferen�a em prol do Pa�s", finalizou.