Bras�lia, 18 - O pr�-candidato do PSDB � Presid�ncia e ex-governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin, poupou de cr�ticas o PTB e seus dirigentes investigados na opera��o "Registro Esp�rio" horas ap�s o partido indicar apoio ao tucano nas elei��es. Alguns nomes do partido s�o investigados por suposto esquema irregular na concess�o de registros sindicais. Entre os suspeitos de irregularidades no Minist�rio do Trabalho, est�o o presidente do PTB, ex-deputado Roberto Jefferson - condenado no mensal�o, a filha dele, deputada Cristiane Brasil (RJ), e o l�der do partido na C�mara, Jovair Arantes (GO).
Alckmin disse estar "muito alegre e feliz" com a decis�o un�nime da executiva nacional do PTB de indicar apoio a ele e esquivou-se de comentar suspeitas contra o grupo e alguns dirigentes, apesar de ter sido questionado tr�s vezes por jornalistas em entrevista durante o F�rum da Mobilidade promovido pela ANPTrilhos na capital federal. Pela manh�, o tucano teve reuni�o com a Associa��o Nacional de Delegados da Pol�cia Federal em uma agenda que n�o constava originalmente da agenda.
"O PTB tem bons quadros, bons prefeitos, bons parlamentares", disse Alckmin, citando que o PSDB integrar� a coliga��o do senador Armando Monteiro (PTB), pr�-candidato ao governo de Pernambuco. "Em nenhum momento ningu�m tocou no assunto de espa�o governamental. Precisamos trabalhar com as melhores pessoas e � isso que vamos fazer. Todos os partidos t�m bons quadros."
O ex-governador citou, por exemplo, que o PTB controla a Secretaria da Justi�a do governo paulista h� cerca de oito anos e costuma indicar juristas para a chefia da pasta. O �ltimo foi o ex-procurador-geral de Justi�a do Estado Marcio Elias Rosa. Alckmin mencionou o quadro pluripartid�rio brasileiro e disse que, para governar, � preciso montar um time. "Alian�a � importante. Ningu�m faz pol�tica sozinho, voc� precisa ter time, equipe. � a campanha muito curta, e de outro lado para governar."
O tucano tamb�m afirmou que trabalha para conquistar o apoio do "bloc�o" de centro formado por DEM, PP, PRB e SD, entre outros. "Tenho conversado, nada de especial, mas tenho conversado", disse Alckmin, que tem como concorrente no cortejo aos partidos o pr�-candidato do PDT, Ciro Gomes.
Reformas
Na palestra ao setor de transporte sobre trilhos, Alckmin defendeu a necessidade urgente das reformas tribut�ria, da Previd�ncia, pol�tica e do Estado. Tamb�m sinalizou ser favor�vel a privatiza��es, a concess�es e a parcerias p�blico-privadas para expans�o das redes de transporte sobre trilhos, como trens e metr�. O tucano prop�s que o governo tenha papel planejador, fiscalizador e regulador - e pregou a despartidariza��o de ag�ncias de controle.
"O Estado n�o precisa ser empres�rio, tomar conta de tudo. O que a iniciativa privada puder fazer, o governo federal n�o precisa fazer", disse. "Ningu�m vai fazer uma linha de metr� nova s� com dinheiro privado. Tarifa de R$ 4 n�o fecha a conta. Nenhum governo tem dinheiro para tudo. Vamos ter que trazer a iniciativa privada."
Alckmin prometeu, caso eleito, transformar o Pa�s em um canteiro de obras de infraestrutura para gerar empregos porque, segundo ele, a tecnologia desempregou nas ind�strias, no campo e no setor de servi�os. O ex-governador disse que obras de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos s�o uma grande fonte de empregos e renda. "Pretendo, se Deus quiser for eleito, fazer um canteiro de obras. Nosso problema � emprego".
Aos empres�rios do setor, o ex-governador paulista defendeu trens de passageiros regionais entre cidades m�dias e disse que o governo federal pode ceder �reas cont�guas aos trens de carga e recuperar investimentos. "Governo sem capacidade de investimento n�o tem o que fazer, perdeu a raz�o de estar." Ele afirmou que o trem � "imbat�vel" como op��o para transporte de cargas.
Alckmin defendeu ainda que o pre�o dos combust�veis seja controlado a cada 30 dias por meio da redu��o de impostos que incidem no custo quando o barril do petr�leo se encarecer no exterior, usando os tributos com um colch�o para amortecer as varia��es do pre�o internacional.
(Felipe Fraz�o e Vera Rosa)