Bras�lia, 20 - Um dia ap�s o Centr�o anunciar apoio ao presidenci�vel Geraldo Alckmin (PSDB) nas elei��es 2018, o pr�-candidato do MDB, Henrique Meirelles, intensificou a estrat�gia de enfrentamento aos advers�rios, desta vez com foco na economia. Em novo v�deo para as redes sociais, o ex-ministro da Fazenda diz que matou a crise "no peito" e consertou "erros" da presidente cassada Dilma Rousseff.
O filme mostra imagens antigas e sobrepostas de Alckmin, Ciro Gomes (PDT), Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede) criticando a falta de crescimento, a infla��o alta e apontando os problemas do Pa�s, quando um narrador pergunta em que lugar eles estavam no momento em que a economia desandou.
"Voc� j� reparou que todos os candidatos agora t�m solu��es m�gicas para a economia?", indaga o locutor. "Mas onde estavam eles quando voc� mais precisou? O que o Ciro fez pra salvar o Pa�s? E o Bolsonaro, qual foi a proposta dele? Voc� se lembra da Marina falar algo? E o Alckmin, apontou algum caminho?"
Em seguida, ap�s a pergunta "o que fez o Meirelles?", o ex-ministro da Fazenda aparece vestindo o figurino de candidato. "Eu? Eu matei no peito e fui tirar o Brasil da UTI", responde ele. "Fui l� consertar os erros da Dilma. Agora estou aqui para fazer o Pa�s que voc� e eu queremos! � s� me chamar."
Pesquisas da campanha de Meirelles - que tem 1% das inten��es de voto - revelam que ele ganha algum apoio quando seu nome � associado ao governo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, condenado e preso na Opera��o Lava Jato. O ex-titular da Fazenda no governo de Michel Temer comandou o Banco Central nas duas gest�es de Lula (de 2003 a 2010), que hoje briga para ser candidato.
As mesmas sondagens indicam, no entanto, que Dilma ainda sofre forte rejei��o. Diante desse quadro, a campanha do MDB decidiu atacar a petista, mostrando Meirelles como uma esp�cie de "salvador".
O novo v�deo, por�m, foi divulgado no mesmo dia em que a equipe econ�mica reduziu de 2,5% para 1,6% a previs�o para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018. A proje��o de infla��o para este ano tamb�m foi revisada, de 3,4% para 4,2%. Al�m disso, o desemprego voltou a subir no in�cio deste ano.
A quem lhe pergunta se esse cen�rio n�o atrapalha o seu discurso, Meirelles sempre responde que a desacelera��o econ�mica, hoje, � fruto da "incerteza" em rela��o �s propostas de "alguns candidatos" ao Pal�cio do Planalto.
(Vera Rosa)