
Bras�lia – Em busca de alian�as estaduais e como objetivo de conquistar um poss�vel eleitorado, os pr�-candidatos � Presid�ncia da Rep�blica viajam o Brasil e tentam fortalecer os nomes para a disputa ao Planalto. Com o corte de 90 para 45 dias no per�odo de campanha, os presidenci�veis ficam em ponte a�rea para alcan�ar os votos dos indecisos, enquanto tentam atrair coaliz�es para aumentar o tempo de televis�o.
O Estado de Minas/Correio Braziliense mapeou as cidades por onde passaram os principais nomes que concorrem ao Pal�cio do Planalto, nos �ltimos tr�s meses. O levantamento mostra que, enquanto os partidos mais � esquerda apostam no Nordeste, �queles mais � direita descem o mapa e dialogam com as regi�es ao Sul. O levantamento foi feito com base em informa��es p�blicas, e com as informa��es dos partidos.
No caso do PT, como o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva permanece preso em Curitiba e, com isso, impossibilitado de viajar o pa�s em pr�-campanha, o nome do ex-prefeito de S�o Paulo Fernando Haddad foi inserido para simbolizar os petistas. Nesse caso, o que foi poss�vel verificar � que, antes da pris�o de Lula, em abril, Haddad ocupava a agenda com palestras em universidades. Ap�s o encarceramento do ex-presidente, as visitas passaram a incluir Curitiba. Nos �ltimos meses, Haddad tem buscado for�a, principalmente, nos estados do Nordeste.
Al�m do ex-prefeito, os candidatos Ciro Gomes (PDT) e Guilherme Boulos (Psol) e o pr�-candidato Jair Bolsonaro (PSL) est�o entre os que mais visitam a regi�o. No caso do Psol, apesar de a agenda mostrar poucas visitas nos estados do Norte, a pr�-candidata � vice-presid�ncia do partido, S�nia Guajajara, tem uma agenda cheia na regi�o.
Para o analista pol�tico e diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Ant�nio Augusto de Queiroz, o Nordeste � um “reduto do PT”, j� que, por causa dos programas de assist�ncia implantados por Lula, o partido continua com influ�ncia na regi�o. “Talvez, por isso, alguns pr�-candidatos de esquerda considerem ir at� l�. No caso do Bolsonaro, a penetra��o (dele) no Nordeste, se comparada a outras regi�es, ainda � pequena. Mas, isso mostra que ele j� est� se movimentando”, analisou.
Apesar de fazer muitas visitas no estado de S�o Paulo, a pr�-candidata do PCdoB, Manuela D’�vila, se concentrou mais no estado de origem, Rio Grande do Sul. O mesmo fez �lvaro Dias (Podemos), que tem resultados melhores na Regi�o Sul, segundo pesquisas de inten��o de voto.
J� Geraldo Alckmin (PSDB), Henrique Meirelles (MDB) e Marina Silva (Rede) buscam apoio no Sudeste e no Centro-Oeste. “Alckmin e Meirelles n�o estavam indo ao Nordeste porque focaram em concretizar as coliga��es dos partidos. As reuni�es ocorreram de forma mais expressiva em Bras�lia e S�o Paulo. Agora v�o expandir as rotas”, avaliou Queiroz. No caso de Marina, para o analista, o per�odo de pr�-campanha a permitiu fazer muitas articula��es ou visitar bases, mas isso deve mudar assim que a conven��o partid�ria oficializar seu nome, em 4 de agosto, em Bras�lia.
At� agora, os pr�-candidatos se mobilizaram apenas em prol das alian�as partid�rias, seja para buscar mais recursos em fundos partid�rios ou para conquistar mais tempo de televis�o. “Eles ainda n�o tinham base consolidada nos estados, mas, agora, come�am a ter estrutura m�nima para ter visibilidade”, explicou Queiroz. Em contrapartida, a regi�o Norte � a que menos tem visita de pr�-campanha.
J� para o cientista pol�tico e professor da Universidade de Bras�lia (UnB) Paulo Calmon, as viagens em �poca de pr�-campanha tendem a discutir assuntos como agroneg�cio, varejo, ou s�o visitas a ve�culos de imprensa, universidades e at� mesmo associa��es. “Elas s�o programadas em fun��o de um planejamento interpretativo das pesquisas, das oportunidades de alian�as”, afirmou. “Elei��es presidenciais s�o complexas, demandam recursos e pessoas. Alguns partidos j� t�m estrutura montada e recursos dispon�veis neste momento j� para apoiar seus candidatos. Outros v�o literalmente encontrar dificuldade para levantar voo. Por isso a import�ncia das alian�as”, acrescentou.
* Estagi�rio sob supervis�o de Leonardo Cavalcanti