S�o Paulo, 23 - O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, prop�s neste domingo, 22, em mensagem a um grupo de parlamentares, que o MDB e o pr�-candidato do partido � Presid�ncia da Rep�blica, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, defendam uma forma de "leni�ncia" ao caixa 2 praticado em elei��es passadas e a fixa��o de mandato para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Marun sugeriu a cria��o de uma corte constitucional para "dirimir conflitos" entre o STF e a Constitui��o, um conselho superior para controle externo das pol�cias e avan�ou sobre a �rea social, ao recomendar o fim da gratuidade total aos pacientes no Sistema �nico de Sa�de (SUS).
"Vamos desburocratizar as elei��es, mas punir realmente o uso de dinheiro ilegal nos pleitos. Podemos propor uma forma de leni�ncia para o caixa dois j� praticado e o criminalizarmos para o futuro", escreveu o ministro, que � citado na Opera��o Registro Esp�rio, suspeito de interferir em registro de sindicatos no Minist�rio do Trabalho.
"Vamos propor mandatos para o STF, revogar a Lei da Bengala, votar a Lei do Abuso de Autoridade, e criar uma Corte Constitucional que possa dirimir conflitos entre as decis�es do STF e a Constitui��o Federal. Vamos propor um Conselho Superior para as Pol�cias, para que n�o prospere o Estado Policialesco e as a��es dos maus policiais tenha controle externo."
A anistia ao caixa 2 e o limite ao mandato de ministros do Supremo foram discutidas na reforma pol�tica, que tramitou no Congresso Nacional, no ano passado, mas repercutiram mal e n�o avan�aram.
As ideias do ministro foram publicadas num grupo de WhatsApp de parlamentares do MDB e de Meirelles. O ministro confirmou � reportagem a autoria da mensagem, mas n�o detalhou as propostas. "Opini�o pessoal para discuss�o enviada ao grupo de deputados do MDB e ao candidato. N�o me aprofundei nos detalhes. Quero provocar a discuss�o de todos os itens propostos."
Procurado, o ex-ministro da Fazenda disse que n�o havia lido as propostas de Marun encaminhadas a ele pela reportagem. "N�o li ainda", afirmou Meirelles.
Advers�rios
No texto, Marun diz aos deputados que, caso Meirelles n�o ven�a a elei��o, "pelo menos teremos o orgulho de n�o termos participado da elei��o a passeio". Marun critica na mensagem dois potenciais advers�rios de Meirelles na disputa pela sucess�o do presidente Michel Temer, o ex-governador de S�o Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) e o ex-ministro da Fazenda Ciro Gomes (PDT), a quem chama de "d�bil mental".
"A atitude de Alckmin nas den�ncias (contra Temer) o torna n�o merecedor do nosso apoio. Ajudamos a sua candidatura � verdade, ao vetarmos o apoio do Centr�o ao d�bil mental do Ciro Gomes. Este apoio foi para os tucanos, mas isto n�o � de todo ruim. Sabemos que a tucanidade de Alckmin n�o o faz o candidato para o agora", escreveu Marun.
Mais tarde, Marun publicou nota dizendo que n�o teria usado a express�o "d�bil mental" contra Ciro se soubesse que ela viria a p�blico. Segundo o ministro, a mensagem a parlamentares do MDB e a Meirelles tratava de posi��es pessoais que ele deseja discutir com o partido.
"Admito que se soubesse que as mesmas se tornariam p�blicas n�o teria utilizado o termo 'd�bil mental' em rela��o ao Sr. Ciro Gomes, por reconhecer que, independentemente de minhas posi��es pessoais, um candidato a presidente da Rep�blica deve ser publicamente tratado com o maior respeito", afirmou Marun. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.
(Felipe Fraz�o)