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Estado de Minas

Candidato a vice-presidente ainda � inc�gnita para maioria dos partidos

At� agora, somente o PSol e PSTU decidiram quem ser�o os candidatos a vice-presidente


postado em 24/07/2018 09:36 / atualizado em 24/07/2018 09:41

Marina enfrenta dificuldades para atrair outros partidos: presidente do Flamengo é cotado para ser o vice (foto: Evaristo Sá/AFP)
Marina enfrenta dificuldades para atrair outros partidos: presidente do Flamengo � cotado para ser o vice (foto: Evaristo S�/AFP)

Mesmo com o in�cio das conven��es partid�rias, o posto de candidato a vice-presidente ainda � uma inc�gnita para a maioria das legendas. As reuni�es terminam em 5 de agosto, mas � bem prov�vel que a maioria deixe para indicar a chapa depois desse per�odo. At� agora, apenas dois partidos apresentaram o nome do vice. Os outros esperam ainda ter tempo de formar alian�as em troca do cargo e garantir um apoio mais forte em um poss�vel governo.

Das legendas que devem disputar a corrida ao Pal�cio do Planalto, h� apenas dois que, at� agora, oficialmente decidiram pela chapa: PSol e PSTU. No �ltimo s�bado, S�nia Guajajara foi lan�ada como vice na chapa de Guilherme Boulos (PSol) durante conven��o partid�ria. No segundo caso, o PSTU optou por n�o fazer coliga��es ou alian�as com outros partidos e lan�ou Vera L�cia e Herz Dias para presid�ncia e vice-presid�ncia, respectivamente.

No cen�rio atual, outros partidos podem escolher as chapas puro-sangue, ou seja, quando os dois cotados s�o do mesmo partido. Com a dificuldade de fazer alian�as, � poss�vel que outros optem pela pr�pria legenda. Uma dessas possibilidades � de Jair Bolsonaro (PSL), que tem dificuldades para emplacar at� uma chapa da pr�pria sigla. Ap�s ser recusado pelo senador Magno Malta (PR-ES), e depois de o general Augusto Heleno (PRP) ter sido barrado pelo pr�prio partido, a tend�ncia era de que a vaga ficasse para a advogada Jana�na Paschoal, filiada ao PSL. O problema � que, em discurso na conven��o, no �ltimo domingo, Paschoal n�o agradou aos integrantes da legenda.

Por�m, de acordo com o coordenador de an�lise pol�tica da consultoria Prospectiva, Thiago Vidal, uma chapa puro-sangue pode prejudicar ainda mais um partido, j� que disputa o Planalto sem alian�as fortes. “No caso do Brasil, essa n�o � s� a pior estrat�gia, como tamb�m �, na maioria dos casos, um sintoma do fracasso de negocia��o”, avaliou.

Conversas

O presidenci�vel Ciro Gomes (PDT) tamb�m tem desafios para compor a chapa. Em discurso no dia da conven��o partid�ria, na sexta-feira, Ciro apontou para os partidos de esquerda ao criticar privil�gios e tentou trazer para si aliados. Desde o in�cio da pr�-campanha, ele tenta conseguir o apoio do PSB, que ainda n�o decidiu se o apoiar�, se escolher� o PT ou se optar� pela neutralidade. O pedetista ainda espera a alian�a para conseguir montar a chapa. Sem isso, ainda h� a possibilidade de que ele v� sozinho para a campanha. “Se Ciro ou Marina fizerem isso, tendem a cair. Ele, um pouco menos, mas Marina com certeza. Se ele consegue o PSB, est� bem na ‘fita’. Se n�o consegue, ainda assim, estaria melhor do que ela, j� que o PDT tem uma estrutura maior”, opinou Vidal.

No caso de Marina, a dificuldade ainda � alta para atrair outros partidos. Houve uma especula��o sobre um nome fora da pol�tica, o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, mas mesmo com a conven��o marcada para 4 de agosto, n�o h� nenhuma estimativa de que a possibilidade possa ser concretizada.

Nesse sentido, quem est� melhor � Geraldo Alckmin (PSDB), que conseguiu trazer o centr�o — bloco formado por DEM, PP, PRB, PR e Solidariedade — � campanha. O acordo pode trazer o maior tempo de propaganda pol�tica entre os candidatos. E enquanto os partidos sofrem pela falta de escolha para vice-presidente, Alckmin tem � disposi��o cinco legendas com quem poder� compor chapa. “Ele est� disparado na frente. As pessoas criticavam Alckmin pelo resultado nas pesquisas, mas quem conseguiu fechar, pelo menos pr�-oficialmente, uma base ainda robusta foi ele”, argumentou Vidal. Atualmente, a tend�ncia � de que o partido opte pelo filho do ex-vice-presidente Jos� Alencar, Josu� Gomes .

A vez do filho de Alencar

No cen�rio que come�a a se desenhar para a corrida presidencial, o nome do empres�rio Josu� Gomes (PR), tamb�m conhecido como Josu� Alencar, tem sido cobi�ado em v�rios recantos pol�ticos. Filho do ex-vice-presidente Jos� Alencar, ele � estimado pelo PT e, ao mesmo tempo, a principal aposta do advers�rio PSDB. Apesar das afinidades pol�ticas com o partido do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, tudo indica que, consolidado o apoio do centr�o — grupo de partidos que re�ne PR, DEM, Solidariedade, PP e PRB — ao pr�-candidato Geraldo Alckmin (PSDB), Josu� ser� mais uma das conquistas do tucano, com quem se encontrou ontem, em S�o Paulo, para discutir detalhes da poss�vel chapa.

Embora esteja prestes a aceitar a vaga de vice-presidente ao lado de Alckmin, o filho de Jos� Alencar mant�m conversas com o PT, que ainda tenta pux�-lo para ser vice de Fernando Pimentel na disputa pelo governo de Minas Gerais. Antes de ser preso, Lula cogitava reformular a chapa que o elegeu em 2002, com Josu� no lugar de Jos�.

Al�m de ser um nome que agrada aos dois lados da velha dicotomia PT-PSDB, Josu� tamb�m chama a aten��o de figuras vistas como mais “extremistas”, como Jair Bolsonaro (PSL), que tentou o apoio do PR no in�cio da busca por alian�as, e Ciro Gomes (PDT), que tinha ele como uma das primeiras op��es de vice quando o pedetista ainda tentava o apoio do Centr�o. Decidido a apoiar Alckmin, o grupo se re�ne nesta quinta-feira, em Bras�lia, para formalizar a alian�a, anunciada na semana passada. A expectativa � de que, no encontro, Josu� aceite o convite para ser vice do tucano.

N�o � s� o parentesco com Jos� Alencar, popular vice de Lula entre 2003 e 2010 e que morreu em 2011, que faz com que Josu� seja “a noiva da vez”, nas palavras do cientista pol�tico Andr� C�sar, da Hold Assessoria Parlamentar. Outros atributos valorizados s�o o fato de ele n�o ter envolvimento pol�tico e de n�o estar ligado a esc�ndalos de corrup��o. Aos 54 anos, o empres�rio, dono da Coteminas, tamb�m entra na categoria “jovem” para os padr�es da pol�tica brasileira, o que � um b�nus, explicou o especialista. “Esses pontos s�o importantes em uma disputa carente de nomes e em meio a uma crise pol�tica”, observou C�sar.


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