Rio, 24 - Confirmado em conven��o estadual na noite desta segunda-feira, 23, como candidato do partido Novo ao governo do Estado do Rio, o advogado Marcelo Trindade disse nesta Ter�a-feira (24) que o atraso no pagamento dos servidores "� uma vergonha" e, se eleito, ir� eliminar o que chamou de "privil�gios" nos vencimentos de parte do funcionalismo.
Para Trindade, o projeto de recupera��o fiscal do Estado n�o pode parar e o Rio de Janeiro pode voltar a gerar empregos "se o governo focar no que deve fazer e abrir espa�o para a iniciativa privada".
Ex-presidente da Comiss�o de Valores Mobili�rios (CVM), Marcelo Trindade afirmou que decidiu se candidatar ao governo estadual por considerar que n�o h� mais op��es de voto vi�veis no meio pol�tico. "� preciso que as pessoas normais, que n�o s�o pol�ticos profissionais, participem do processo pol�tico ativamente. N�o basta mais votar, porque a gente n�o tem op��o de voto no Rio de Janeiro e no Brasil", sustentou.
Ele criticou a gest�o do Rio e classificou como "vergonha" o atraso e parcelamento de sal�rios. "O Estado do Rio de Janeiro sofreu a vergonha de n�o conseguir pagar os seus servidores p�blicos. Os servidores sabem muito bem o que � uma gest�o nefasta de um Estado", disse Trindade. "A obriga��o m�nima do Estado, e de qualquer empregador, � prover sal�rios para o seu servidor. � preciso que isso seja reconhecido e enfrentado."
Em sua avalia��o, parte do problema pode ser enfrentada cortando privil�gios. "Temos v�rios servidores estaduais que recebem muito mais do que a m�dia. Recebem gratifica��es, ou via cargo de confian�a. T�m privil�gios que n�o precisam ser pagos", sustentou. "Os servidores mais humildes, que mais trabalham, precisam receber."
Para o candidato do Novo, a gera��o de empregos no Estado passa por uma maior estabilidade na gest�o do Estado, que nos �ltimos meses se viu �s voltas com den�ncias que levaram � pris�o o ex-governador S�rgio Cabral (MDB) e a c�pula da Assembleia Legislativa.
"O Rio de Janeiro tem um enorme potencial de tecnologia, enorme potencial de conhecimento, universidades de ponta, gente muito bem informada. O que n�s precisamos � de um governo s�rio, focado naquilo que ele tem que fazer, abrindo espa�o para que a iniciativa privada possa realizar aquilo que � sua voca��o, e permitindo com estabilidade jur�dica e administrativa, com gest�o adequada e interesse p�blico, que o investimento privado aconte�a", considerou.
(Marcio Dolzan)