Bras�lia, 24 - O Supremo Tribunal Federal (STF) informou, em nota divulgada na noite desta ter�a-feira, 24, que a Secretaria de Seguran�a do tribunal j� est� adotando as provid�ncias para apurar um ato de vandalismo de manifestantes favor�veis ao ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) que jogaram tinta vermelha no sal�o branco do edif�cio-sede da Corte, em Bras�lia.
"Imagens e informa��es dos envolvidos, bem como n�meros de placas de ve�culos foram coletadas pela seguran�a do tribunal e contribuir�o para as investiga��es", comunicou o tribunal.
A reportagem apurou que a Pol�cia Federal vai ser acionada para investigar o epis�dio.
Cerca de 20 manifestantes favor�veis ao petista protestaram na entrada do edif�cio-sede do STF, por onde os integrantes da Corte costumam passar ao chegar para as sess�es plen�rias do tribunal. O recesso dos ministros do STF vai at� o dia 31 de julho.
Protesto
De acordo com a equipe de seguran�a do Supremo, os manifestantes s�o os mesmos que na �ltima sexta-feira criticaram decis�es recentes do tribunal, o sal�rio dos magistrados e a pris�o do ex-presidente Lula. Os protestantes iniciaram o ato na Pra�a dos Tr�s Poderes e o encerraram na parte detr�s do pr�dio principal da Corte. Em seguida, foram embora em duas vans. Os integrantes do grupo levavam cartazes representando a carteira de trabalho brasileira, a Constitui��o Federal e a logomarca da Petrobras.
Seguran�as presentes no momento do ato mostraram � reportagem fotos e v�deos dos manifestantes, que gritavam "Lula livre" e carregavam cartazes pedindo a liberdade do petista. Um dos seguran�as que tentou impedir a a��o dos manifestantes ficou com uma marca de m�o em sua camisa.
O presidente da Associa��o dos Magistrados Brasileiros (AMB), Jayme de Oliveira, repudiou os atos de vandalismo. "N�o se pode admitir, sob qualquer pretexto, atos de vandalismo como este que atinge a mais alta inst�ncia do Judici�rio brasileiro. A AMB reafirma a defesa da do Estado Democr�tico de Direito e entende que atos dessa natureza n�o podem permanecer impunes", disse Oliveira.
Aborto
Em dezembro de 2016, a est�tua da Justi�a, localizada na frente do edif�cio-sede do STF, foi alvo de tinta vermelha atirada por um grupo de manifestantes que contestaram decis�o da Primeira Turma da Corte sobre aborto. � �poca, o colegiado abriu um precedente ao entender que n�o � crime o aborto realizado durante o primeiro trimestre de gesta��o - independentemente do motivo que leve a mulher a interromper a gravidez.
(Rafael Moraes Moura e Teo Cury)