S�o Paulo - A pouco mais de uma semana da conven��o nacional e ainda sem partidos em sua coliga��o, a Rede liberou os diret�rios estaduais para tocarem suas pr�prias alian�as, e j� trabalha com a possibilidade de palanque duplo em alguns Estados. O partido entende que a prioridade, al�m de eleger Marina Silva presidente, � garantir a sobreviv�ncia da sigla elegendo um n�mero suficiente de deputados federais para ultrapassar a cl�usula de barreira - um m�nimo de nove em nove Estados.
O diret�rio da Rede em Santa Catarina, que pretende lan�ar o professor Rog�rio Portanova ao governo, tamb�m admite conversas com PPS, PPL, Podemos e PCdoB - dos presidenci�veis Jo�o Vicente Goulart, Alvaro Dias e Manuela d'�vila, respectivamente. O pr�prio Portanova participou de um encontro suprapartid�rio com Dias h� duas semanas e disse que "n�o tem problema nenhum em ter mais de um presidenci�vel".
"O ideal � priorizar a candidatura de Marina, mas eles sabem que se for melhor para a Rede no Estado, pode-se admitir (duplo palanque)", disse o porta-voz no Estado, Nelson Zunino.
No Esp�rito Santo, o porta-voz Andr� Toscano tra�a cen�rios em que candidatos locais participem de eventos com Marina Silva e Manuela d'�vila. "Pode acontecer que a gente consiga, por exemplo, acomodar o PCdoB com a candidatura a deputado estadual e senador. N�o precisa ser governador. A� a gente consegue acomodar a Manuela no palanque", afirmou. No Estado, a Rede conversa ainda com PV, PHS e PSC.
A dificuldade da Rede em fechar alian�as tamb�m reflete nas negocia��es com o PSB nos Estados. No Distrito Federal e no Amazonas, os diret�rios estaduais desistiram de lan�ar pr�-candidatos ao governo em troca de uma alian�a com o PSB, visando aproximar as siglas nacionalmente - o que acabou n�o ocorrendo. "O PSB est� dividido, mas no Amazonas estamos em harmonia. Eles aqui s�o 'marineiros', n�o querem votar no PT e muito menos no Ciro Gomes (PDT)", disse o coordenador do diret�rio amazonense, Jo�o L�cio.
J� o PPS, apesar de o presidente da sigla, deputado Roberto Freire (SP), declarar apoio ao presidenci�vel tucano, Geraldo Alckmin, pode estar em ao menos tr�s coliga��es com a Rede - em Rond�nia e Santa Catarina. O partido apoiou Marina em 2010 e 2014 e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) j� chegou a dizer que Freire seria "um bom vice" neste ano.
Ao menos em Rond�nia, a chapa Rede-PPS est� mais pr�xima de se concretizar. "Estamos bem afinados. Est� praticamente acertado. Para n�s, n�o vejo nenhum problema em dividir palanque com Marina ou outro nome com quem o PPS decida coligar nacionalmente", disse o presidente da sigla no Estado, Jaime Kalb.
Em Pernambuco, o pr�-candidato da Rede, J�lio L�ssio, negocia apoio ao PT, um partido da "polariza��o", como integrantes da Rede costumam se referir � legenda. "Penso que as quest�es regionais t�m que ser respeitadas", afirmou L�ssio, que admite a possibilidade de sair como vice na chapa da vereadora do Recife Mar�lia Arraes, caso o PT decida mesmo lan��-la candidata ao governo.
Vice
Marina citou nesta ter�a-feira, 24, o economista Ricardo Paes de Barros, idealizador do Bolsa Fam�lia, como um poss�vel nome para ser vice em sua chapa. Ele � filiado � Rede e colabora com a campanha da pr�-candidata.