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Estado de Minas

'Por que cotas? Brasil n�o tem d�vida hist�rica com escravid�o', diz Bolsonaro

Pr�-candidato a Presid�ncia da Rep�blica pelo PSL deu entrevista na noite desta segunda-feira ao programa Roda Viva, na TV Cultura


postado em 30/07/2018 22:55

(foto: Reprodução/Roda Viva)
(foto: Reprodu��o/Roda Viva)

O Brasil n�o tem d�vida hist�rica com a escravid�o. Essa foi uma das opini�es manifesta nesta segunda-feira pelo candidato � Presid�ncia da Rep�blica Jair Bolsonaro (PSL), durante o programa de entrevistas Roda Viva da Tv Cultura, quando questionado se seria favor�vel � manuten��o da a��o afirmativa de cotas raciais nas universidades. Segundo Bolsonaro, os portugueses n�o pisavam na �frica e “eram os pr�prios negros que entregavam os escravos”. Ele afirmou: “Que d�vida � essa meu Deus do c�u. Um negro n�o � melhor do que eu nem eu sou melhor do que ele. Por que cotas?”, indagou, assinalando que terminar com a pol�tica de cotas dependeria do Congresso Nacional, mas que ele proporia a diminui��o dos percentuais.

N�o foram poucos os “equ�vocos” e distor��es de fatos hist�ricos assinalados por Bolsonaro para voltar a defender figuras como o Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra ex-chefe do Doi-Codi do II Ex�rcito (de 1970 a 1974), um dos �rg�os que operou na repress�o pol�tica, durante o per�odo da ditadura militar (1964-1985) . Em 2008, Ustra tornou-se o primeiro militar condenado pela pr�tica de tortura e, embora reformado, continuou politicamente ativo nos clubes militares, em defesa da ditadura. “De acordo com a nossa Constitui��o ningu�m poder� ser declarado culpado sem senten�a transitado em julgado, o que n�o aconteceu com Ustra”, disse Bolsonaro. Segundo ele, o mundo vivia a guerra fria e as pessoas ou “pendiam” para um lado ou para outro. “Esses que se diziam torturados o faziam para conseguir indeniza��es, votos, piedade, poder. S� se ouve um lado da hist�ria, outro n�o. Se tiv�ssemos perdido hoje o Brasil seria uma Cuba”, afirmou.

Indagado se pretendia abrir os arquivos da ditadura em posse das For�as Armadas, Bolsonaro disparou: “N�o tem mais arquivo nenhum da ditadura. A Lei da Anistia sepultou. Essa � uma ferida que tem de ser cicatrizada. � daqui pra frente”, disse, desconversando sobre a necessidade de se conhecer a hist�ria. “N�o vou abrir nada, os papeis j� sumiram”, afirmou. “Os papeis t�m prazo de validade nas For�as Armadas”, acrescentou. Em seguida, ele disparou contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT): “Onde Dilma esteve na semana passada. Representando o Foro de S�o Paulo em Cuba. Acha que ela lutou pela democracia? O primeiro marido dela sequestrou avi�o e foi pra Cuba”.

Em sua leitura muito particular da hist�ria, em 1964 n�o teria havido um golpe de estado com a participa��o militar, civil, empresarial e do capital multinacional. “Golpe � quando mete o p� na porta e tira o cidad�o l�”, afirmou, dizendo que Jo�o Goulart teria deixado o governo, quando, em verdade, Jango estava no Rio Grande do Sul em busca de apoio de aliados j� que estava na imin�ncia de ser detido pelos articuladores do golpe. Ali�s, esse foi o argumento utilizado pelo senador Auro de Moura Andrade para em 2 de abril de 1964 destitui-lo do cargo, abrindo caminho para a instala��o do regime militar e a posse do marechal Castelo Branco na Presid�ncia.

Bolsonaro foi o 10o da s�rie de pr�-candidatos entrevistados pelo Roda Viva, da Tv Cultura. Antes dele participaram Marina Silva (Rede), Guilherme Boulos (Psol), Jo�o Amo�do (Novo), Ciro Gomes (PDT), �lvaro Dias (Podemos), Henrique Meirelles (MDB), Manuela D´ï¿½vila (PCdoB), Guilherme Afif Domingos (PSD) e Geraldo Alckmin (PSDB). Quanto chegou � Tv Cultura, em S�o Paulo, Bolsonaro parou na portaria para receber seus apoiadores e estava acompanhado do presidente nacional do partido, Luciano Bivar, do deputado Major Olimpio, que deve se candidatar ao Senado em S�o Paulo, e de um dos filhos, o deputado Eduardo Bolsonaro. O candidato foi recepcionado com fogos de artif�cio por cerca de 30 apoiadores, que seguravam bandeiras do Brasil e repetiam gestos de armas.

Antes do programa, quando conversava com o apresentador Paulo Lessa, Bolsonaro admitiu ser a primeira vez que enfrentaria uma bancada com tantos jornalistas. “Espero que n�o seja pelot�o de fuzilamento”, afirmou. “De jeito nenhum. Aqui os direitos humanos est�o garantidos”, retrucou o entrevistador. O candidato replicou: “Eu sempre defendi direitos humanos para humanos direitos”.


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