PT, PDT e PCdoB buscam alian�a com o PSB para a disputa ao Planalto

Depois de o tucano Geraldo Alckmin anunciar alian�as com o centr�o, os integrantes da centro-esquerda tentam se mobilizar para discutir coliga��es. Ontem, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, recebeu, na sede da sigla em Bras�lia, presidentes do PDT, Carlos Lupi, do PT, Gleisi Hoffmann, e do PCdoB, Luciana Santos, para discutir uma pauta comum para a disputa ao Planalto. Contudo, enquanto o diret�rio nacional ainda tenta definir as coaliz�es, diret�rios estaduais se antecipam para direcionar os votos da conven��o partid�ria, marcada para domingo, 5 de agosto.

Rachado, o PSB ainda vive a indecis�o de tr�s tend�ncias — apoiar o PT, se aliar ao PDT e marchar ao lado do presidenci�vel Ciro Gomes ou manter a neutralidade. Se o partido liberar diret�rios para fecharem respectivas alian�as, ser� elaborado um documento com um direcionamento de coliga��es que deve ser respeitado pelos correligion�rios. “N�o pode, por exemplo, apoiar a candidatura de (Jair) Bolsonaro. Quem fizer isso, ter� de fazer como dissidente.”

Caso feche apoio a Ciro, Siqueira cogita o nome do ex-prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, para ser vice de chapa. “Se formos apoiar Ciro, acho um excelente nome. O Ducci se disp�e se apoiarmos um dos candidatos, mas tudo vai depender da decis�o do partido”, disse. Lupi, por sua vez, concordou que Ducci seria “um �timo nome, se for algu�m que o PSB quer”.
No fim do encontro, o presidente do PDT disse ainda que, apesar do sil�ncio da sigla de Siqueira, dirigentes com quem tem mantido conversas avan�adas afirmam que querem anunciar acordo com o pedetista na conven��o nacional. “A n�o ser que estejam mentindo para mim, mas os presidentes dos diret�rios querem apoiar o Ciro.”

Gleisi, por sua vez, n�o escondeu o desejo em se unir ao PSB e ressaltou as afinidades que as siglas compartilham, sobretudo ideol�gicas. A petista garantiu ainda que, se houver uma alian�a no primeiro turno, ela seguir� “com certeza” para o segundo turno. No entanto, entre os impasses para o acordo, est� a candidatura da petista Mar�lia Arraes ao governo de Pernambuco. Para seguir com Paulo C�mara no pleito, o PSB quer que Mar�lia saia da disputa.

Enquanto o imbr�glio nacional continua a quatro dias da conven��o, nos diret�rios estaduais a hist�ria parece ser outra. Antes que haja uma decis�o por parte da executiva nacional, l�deres tentam direcionar o voto dos delegados para garantir a unidade ao menos nos estados. � o caso do PSB da Para�ba, que, ap�s reuni�o, publicou um documento no qual afirma que vai apoiar o PT e a candidatura do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, e orienta que os correligion�rios fa�am o mesmo.

Al�m disso, no texto, determina que seja indicado um nome dentre os integrantes de seu quadro � vaga de vice na chapa a ser encabe�ada por Lula. “Devemos projetar qual a dire��o a ser tomada na bifurca��o em que o pa�s se encontra hoje, e diante da qual o PSB n�o pode se omitir, tendo a responsabilidade c�vica de adotar uma postura firme e coerente que aponte claramente o caminho a ser seguido”, escreveu.

J� no Distrito Federal, pedetistas voltaram a dialogar com o governador Rodrigo Rollemberg (PSB), que defende, abertamente, o apoio a Ciro na corrida � Presid�ncia. A pedido de Lupi, a decis�o foi tomada na manh� de ontem. O presidente regional do PDT, Georges Michel, discute agora uma aproxima��o com vistas �s elei��es. No entanto, deixou claro que tudo depende de um an�ncio nacional oficial de apoio do PSB de Rollemberg ao pedetista (leia mais na p�gina 21).

Diret�rios que pediam pela neutralidade, contudo, seguem � espera da conven��o. O presidente do PSB em Roraima, Iradilson Sampaio de Souza, afirmou que, assim como outros dirigentes, vai esperar uma sinaliza��o da executiva para definir qual caminho seguir. � o caso do Par�, que tamb�m aguarda o parecer de Siqueira para alinhar o voto com os colegas partid�rios.